Mundo: O mundo deve preparar-se para temperaturas recorde em 2023 devido ao El Niño, alerta a ONU

As Nações Unidas emitiram um aviso na quarta-feira sobre as graves perturbações causadas pelo fenómeno meteorológico El Niño.

O fenómeno meteorológico El Nino é susceptível de se desenvolver este ano e de fazer subir as temperaturas para novos máximos históricos, alertou a ONU na quarta-feira. A Organização Meteorológica Mundial estima que há 60% de probabilidades de o El Niño se desenvolver até ao final de Julho e 80% até ao final de Setembro.

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O El Nino é um fenómeno climático natural geralmente associado ao aumento das temperaturas, o aumento da seca em algumas partes do mundo e a chuvas fortes noutras. A última vez que ocorreu foi em 2018-2019 e foi substituído por um episódio particularmente longo de La Nina, que causa os efeitos opostos, incluindo temperaturas mais baixas.

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Apesar deste efeito moderador, os últimos oito anos foram os mais quentes de que há registo. Sem o La Nina, a situação do aquecimento poderia ter sido ainda pior. O La Nina “actuou como um travão temporário no aumento da temperatura global”, afirmou o chefe da OMM, Petteri Taalas, num comunicado. “O desenvolvimento do El Niño conduzirá muito provavelmente a um novo pico do aquecimento global e aumentará as hipóteses de temperaturas recorde”, advertiu.

Nesta fase, não é possível prever a intensidade ou a duração de um próximo El Niño. O último foi considerado fraco, mas o anterior, entre 2014 e 2016, foi forte e teve consequências desastrosas. A OMM constatou que 2016 foi “o ano mais quente de que há registo devido ao ‘duplo efeito’ de um El Niño muito forte e do aquecimento provocado pelos gases com efeito de estufa relacionados com a actividade humana”.

Não há dois El Ninos iguais e os seus efeitos dependem em parte da época do ano, afirmou a OMM, acrescentando que esta organização e os serviços meteorológicos nacionais acompanharão de perto a evolução do próximo fenómeno previsto. O fenómeno ocorre em média a cada dois a sete anos e dura normalmente nove a 12 meses. Está normalmente associado ao aquecimento da temperatura da superfície do oceano no Oceano Pacífico tropical central e oriental.

O El Nino provoca geralmente um aumento da precipitação em partes do sul da América do Sul, do sul dos Estados Unidos, do Corno de África e da Ásia Central, enquanto que o El Nino pode provocar secas graves na Austrália, na Indonésia e em partes do sul da Ásia.

Durante o Verão boreal – a estação quente no hemisfério norte e a estação fria no hemisfério sul – o aquecimento das águas superficiais induzido pelo El Nino pode também provocar furacões no Oceano Pacífico central e oriental, ao mesmo tempo que impede a formação de furacões na bacia atlântica, afirmou a OMM.

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