Políticos e dirigentes ruandeses doam salários para apoiar afectados

Vários responsáveis políticos do Ruanda, incluindo ministros, secretários de Estado e líderes de empresas estatais vão doar os seus salários para contribuir para um fundo de protecção social a ruandeses em situação vulnerável.

O anúncio foi feito na noite de domingo pelo gabinete do primeiro-ministro ruandês, Edouard Ngirente, e noticiado esta segunda-feira pela imprensa do país.

Segundo um comunicado emitido pelo gabinete do chefe de Governo do Ruanda, citado pelo diário ruandês New Times, esta é uma decisão tomada “em solidariedade com os mais afectados” pelas medidas impostas pelo executivo para conter a pandemia de covid-19 no país.

Recentemente, o Governo ruandês prolongou o estado de emergência por duas semanas, ficando este ativo até pelo menos 19 de abril.

Em Março, o Presidente do Ruanda, Paul Kagame, afirmou que o executivo iria fazer o possível para apoiar a população do país, em particular os mais afetados pelas restrições impostas ou cujas formas de subsistência tenham sido interrompidas.

Segundo o boletim do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana, com dados até às 14h00 horas de Lisboa, o Ruanda regista 104 casos de infeção pelo novo coronavírus, sem contar qualquer morte.

De acordo com os mesmos dados, o número de mortes registadas no continente situa-se agora em 442, com as infecções confirmadas a aproximarem-se das 9.500.

O CDC África registou também 848 doentes recuperados após a infecção. O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil.

Dos casos de infecção, mais de 240 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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