A República Democrática do Congo (RDC), começou esta semana a usar um medicamento inovador contra a tripanossomíase africana, conhecida por doença do sono, transmitida pela mosca tsé-tsé, patologia que reúne naquele país cerca de 70% dos casos mundiais.
Trata-se do
fexinidazol, um medicamento oral fabricado na RDC, que o Governo entregou na
terça-feira (27), a um hospital de Kinshasa, segundo explicou à agência Efe o
director do Programa Nacional para o Controlo da Tripanossomíase Africana
Humana (PNLTHA), Erick Mwamba.
O medicamento obteve a aprovação da Agência Europeia do Medicamento, em Novembro
de 2018 após mostrar os seus efeitos positivos em 600 doentes, e será
administrado gratuitamente nos centros de saúde e hospitais de referência da
doença neste país centro-africano.
« Beneficiaram do tratamento as comunidades e os centros de
tratamento », segundo disse o médico, acrescentando que « o fexinidazol
será enviado e distribuído em áreas de saúde endémicas para que possa começar a
ser usado ».
Este fármaco diminui gradualmente os sintomas da doença do sono.
A RDC é o único país do mundo onde se diagnosticam anualmente mais de 1.000
casos desta doença parasitária, causada pela picada da mosca tsé-tsé e que
provoca mudanças de comportamento, confusão, transtornos sensoriais e falta de
coordenação quando um parasita afecta o Sistema Nervoso Central.
Para além da RDC, a Tripanossomíase Africana Humana afecta 36 países africanos.
Fonte: Folha de Maputo