Presidente da Comissão da União Africana diz que teste deu negativo

O presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, anunciou hoje que não está infectado com o novo coronavírus, acrescentando que vai ficar 14 dias em isolamento para avaliar os sintomas e prevenir um eventual contágio.

« O meu teste deu negativo; vou continuar isolado nos próximos 14 dias, como recomendado », escreveu Faki Mahamat no Twitter, acrescentando que o colega infectado com a covid-19 « está numa condição estável » e que está « a rezar pela sua recuperação total ».

Na sexta-feira, uma fonte da União Africana (UA) tinha divulgado que « a pessoa (infectada) trabalha no escritório do presidente (da Comissão) » e que « o presidente e os seus principais assessores fazem parte dos contactos que observam uma quarenta ».

Hoje, o líder da UA acrescentou no Twitter: « Obrigado a todos pelas vossas orações, temos de continuar mobilizados já que a luta de África só agora está a começar ».

A transparência de Moussa Faki Mahamat foi aplaudida pela Organização Mundial de Saúde, que elogiou o presidente não só pela divulgação do resultado, mas também pelo isolamento a que se sujeitou.

Na quinta-feira, Mahamat tinha presidido a uma reunião da UA, anunciando o « contributo imediato » de 12,5 milhões de dólares para a criação de um Fundo Africano anti-covid-19, que será usado para ajudar os países africanos a preparem-se para a propagação da pandemia.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 600 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 28.000. Dos casos de infecção, pelo menos 129.100 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em Dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 329 mil infectados e mais de 19 mil mortos, é aquele onde está a surgir actualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 9.134 mortos em 86.498 casos registados até quinta-feira.

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 5.690, entre 72.248 casos de infecção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos são desde quinta-feira o que tem maior número de infectados (mais de 104 mil).

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.394 casos (mais de 74 mil recuperados) e regista 3.295 mortes. A China anunciou ontem 54 novos casos, todos oriundos do exterior, e mais três mortes, numa altura em que o país suspendeu temporariamente a entrada no país de cidadãos estrangeiros, incluindo residentes.

Os países mais afectados a seguir a Itália, Espanha e China são o Irão, com 2.517 mortes reportadas (35.408 casos), a França, com 1.995 mortes (32.964 casos) e os Estados Unidos com 1.711 mortes.

O número de mortes causadas pela covid-19 em África subiu para 117 com os casos acumulados a ultrapassarem os 3.900 em 46 países, segundo a mais recente actualização das estatísticas sobre a pandemia.

Vários países adoptaram medidas excepcionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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