O grupo de doadores que trabalha com o Ministério da Saúde (MISAU) a resposta ao Covid 19 em Moçambique já está a fazer o “procurement” directo para as necessidades de emergência no quadro da pandemia; ninguém quer abrir a bolsa para injectar dinheiro em qualquer fundo de emergência gerido pelo Governo, escreve a Carta de Moçambique.
De acordo com a fonte que temos vindo a citar, o “procurement” directo dos doadores inclui 120 ventiladores fixos e 20 portáteis. Os fixos custarão 1 550.000 USD e os portáteis 323 mil USD. Os valores estão muito abaixo das estimativas apresentadas pelo Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, na semana passada. Aliás, os números de Maleiane contradizem de forma estrondosa com as necessidades reais apresentadas pelo MISAU junto dos doadores.
Nesta senda, a lista das necessidades que estão em processo de “procurement” inclui diverso equipamento médico, nomeadamente tubos endotraqueal sem manguito, oxímetro pulso, sacos mortuários (1000), monitores cardíacos (100), seringas eléctricas, cama de unidade de cuidados intensivos (100), bombas de infusão, humidificadores, máscaras N.95, entre outros, escreve a nossa fonte.
Por sua vez, os doadores accionados pelo executivo moçambicano já garantiram um total de 48 milhões de USD para financiarem as necessidades de emergência de Moçambique. O valor aproxima-se à cifra mais recente apresentada pelo MISAU (50 milhões de USD. Entre dos principais doadores estão Banco Mundial, a USAID, o DFID, o Prosaúde e o Fundo Global. O orçamento do contributo de cada um não é para entregar ao Governo; é justamente para directamente as encomendas já efectuadas.
Fonte: Carta