Ucrânia: Presidente da Polónia frisa que o país tem “interesses” próprios

O Presidente polaco declarou hoje que o seu país continuará a apoiar a Ucrânia, mas pediu que às autoridades de Kyiv entendam que o Governo da Polónia também tem os seus próprios “interesses e obrigações”.

“Apoiamos constantemente a Ucrânia na sua defesa contra a agressão Russa (…), mas o nosso dever mais importante é cuidar dos interesses da Polónia. Portanto, para proteger o mercado interno e o mercado da União Europeia (UE), devemos começar [a pensar] em nós”, justificou Andrzej Duda numa entrevista ao semanário Sieci.

Duda destacou que a situação que os ucranianos vivem atualmente é especial e por isso às vezes é necessário lembrá-los que, embora entendam que os ucranianos estejam a lutar contra a invasão russa, a Polónia também tem os seus próprios interesses e obrigações com o seu povo.

O motivo do atrito entre Varsóvia e Kiev está relacionado com as restrições à importação de produtos agroalimentares da Ucrânia.

A União Europeia porá fim em 15 de setembro às restrições à importação de produtos agroalimentares da Ucrânia, mas recentemente a Polónia, a Bulgária, a Roménia, a Eslováquia e a Hungria exigiram a Bruxelas uma prorrogação e anunciaram que, se esta não for aprovada, imporão um embargo a essas importações por conta própria.

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Duda rejeitou também a forma como as autoridades ucranianas têm repercutido as declarações do conselheiro do Presidente da República da Polónia e responsável pelo Departamento de Política Internacional, Marcin Przydacz, que censurou Kiev pela sua alegada falta de gratidão.

Em 31 de julho, Marcin Przydacz declarou na televisão pública polaca, que “a Ucrânia recebeu muita ajuda da Polónia” e que, na sua opinião, “seria oportuno que se começasse a apreciar o papel que a Polónia tem desempenhado para a Ucrânia nos últimos meses e anos”.

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As palavras de Przydacz referiam-se a esta medida de proibição de importação de produtos agroalimentares ucranianos, que o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, classificou-as como “populista e hostil”.

Tal situação não agradou a Kiev, que convocou rapidamente o embaixador polaco no país, Bartosz Cichocki, medida que foi replicada por Varsóvia, que convocou o seu homólogo ucraniano, Vasil Zvarich.

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“O ministro não quis dizer o que nossos amigos da Ucrânia têm de dizer todos os dias na comunicação social ‘obrigado, obrigado, obrigado’. Ouvimos isso com frequência e agradecemos, mas esperamos compreensão em certas questões por parte das autoridades ucranianas, pois também temos os nossos próprios interesses e obrigações”, afirmou o Presidente polaco.

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