Os direitos da criança são a prioridade. Anualmente a 16 de Junho comemora-se o dia da criança africana em homenagem às vítimas do massacre de Soweto, na África do Sul, que aconteceu em 1976 na mesma data.
O massacre foi desencadeado pela repreensão policial quando decorria uma manifestação pacifica, onde centenas de jovens reivindicavam o direito à qualidade de ensino e a educação na sua língua materna. O que era para ser manifestação terminou em tragédia, somas de perdas humanas.
Em memória das vidas perdidas, a Organização da Unidade Africana (OUA) instituiu em 1991 o Dia da Criança Africana.
Infelizmente ainda existem crianças africanas que sofrem e até morrem por conta da fome, violência e doenças. « Criança é flor que nunca murcha »- Samora Machel.
No âmbito da celebração do Dia da Criança Africana são levadas a cabo várias actividades recreativas, culturais e desportivas em quase todo país, todavia com a vigência do Estado de Emergência em Moçambique não serão realizadas actividades que careçam de um aglomerado.
Entretanto para além do dia da criança, comemora-se hoje o dia da criação da moeda moçambicana, o metical, e também assinala-se o dia do Massacre da Mueda, que ocorreu em Cabo Delgado, no distrito de Mueda. Foi numa data como esta que se pós um fim ao massacre, que valeu a vida de mais de 500 moçambicanos. Este facto deu-se em 1960 muito antes da instituição do Dia da Criança Africana e do dia da Criação da Moeda Moçambicana, o metical.
O metical nasceu a 16 de Junho de 1980, em substituição ao escudo português, passam hoje 40 anos após a substituição. Facto que só foi possível depois que Moçambique livrou-se das amarras do opressor, cinco anos atrás, é a evidência clara do retorno da dignidade do povo moçambicano.
Junho é um mês marcante para todo moçambicano.
Por: Pérzia Sitóe