PLATAFORMAS DE VIDEOCONFERÊNCIA
Impulsionadas pelas necessidades de distanciamento físico provocadas pela pandemia, as plataformas de videoconferência têm experienciado um crescimento impressionante na popularidade.
Basta observar o exemplo da Zoom, que mais do que duplicou o seu valor em bolsa nos últimos meses. Em maio, valia mais do que as sete principais companhias de aviação americanas combinadas. E já anunciou que prevê atingir este ano resultados na casa dos 1,8 mil milhões de dólares (quase o triplo de 2019).
Também temos o exemplo do Microsoft Teams, que se viu elevado ao estatuto de produto-estrela da Microsoft ao mesmo tempo que o seu número de assinantes crescia 500% desde o início de 2020.
Ou do Messenger Rooms, uma combinação de WhatsApp, Instagram e Messenger que o Facebook lançou como resposta às necessidades acrescidas de videoconferência provocadas pela pandemia.
O enorme crescimento destas plataformas até pode parecer surpreendente, mas é facilmente explicado pelo tempo que tantos trabalhadores passam atualmente em reuniões, webinars ou ações de formação.
E nem é apenas uma questão de teletrabalho, já que as plataformas de videoconferência também são muito utilizadas para outras atividades, como desporto, e para manter o contacto com a família.
SERVIÇOS DE INFORMÁTICA
O teletrabalho e a escola a distância também vieram beneficiar a venda de equipamentos e software informático, bem como a procura por serviços de cloud.
As chamadas Big Tech, como Microsoft, Apple ou Facebook, têm estado inclusive a fazer crescer o índice S&P 500 em contraciclo com o estado da economia americana.
COMÉRCIO ELETRÓNICO
As exigências do período de confinamento e a interdição física de alguns espaços comerciais obrigaram a uma alteração nas rotinas que, por sua vez, levou a um aumento substancial no comércio eletrónico global.
Em abril, o e-commerce apresentava um crescimento acima de 200% relativamente ao mesmo período no ano transato, o que ajuda a explicar o desempenho positivo de grandes retalhistas digitais como a Amazon.
SERVIÇOS DE ENTREGAS AO DOMICÍLIO
Receber em casa as compras que se fazem online passou a fazer parte da rotina para muitas pessoas, beneficiando as empresas de distribuição.
SERVIÇOS DE PAGAMENTOS ELETRÓNICOS
As fintech, como são conhecidas as empresas que aliam tecnologia a serviços financeiros (como pagamentos eletrónicos), também cresceram com a pandemia.
Por motivos de segurança sanitária, passou a utilizar-se dinheiro físico com uma menor frequência. O resultado? Uma maior procura por aplicações que oferecem a possibilidade de fazer pagamentos sem contacto e através do smartphone ou de outro dispositivo móvel.
Outro exemplo é a PayPal que, entre janeiro e março, contabilizou 10 milhões de novos utilizadores, um aumento de cerca de 700 mil relativamente ao mesmo período em 2019.
STREAMING
A busca por entretenimento caseiro durante a quarentena levou igualmente ao crescimento da indústria do streaming. A comprová-lo está, por exemplo, a Netflix, que registou 16 milhões de novas subscrições no primeiro trimestre do ano, quase o dobro do alcançado no trimestre anterior.
Ainda a propósito da Netflix, esta foi mesmo uma das 30 empresas do índice S&P 500 que fechou o primeiro trimestre de 2020 com bons resultados.
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
No período de confinamento também se registou um aumento na procura por cursos em e-learning, o que justifica o crescimento apresentado por plataformas de formação digitais, como a Corsera.
Alguns analistas entendem que esta é uma realidade que veio mesmo para ficar, prevendo uma presença cada vez mais ampla deste modelo de ensino.
A comprová-lo está a crescente popularidade dos webinars que, na nova era do distanciamento físico recomendado, se têm revelado não apenas uma boa solução para necessidades de formação mas também para promoção de produtos e serviços.