De acordo com um relatório publicado pela RFI, que reimprimimos, o Presidente ruandês Paul Kagame anunciou que o Ruanda não acolherá refugiados da República Democrática do Congo.
O Presidente Paul Kagame disse na segunda-feira num discurso aos parlamentares que o Ruanda “não poderia continuar a acolher refugiados” da República Democrática do Congo enquanto era insultado, em resposta a acusações de apoio de Kigali à rebelião do grupo armado M23 no leste da República Democrática do Congo.
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Segundo o Presidente Paul Kagame, o Ruanda não pode carregar o “fardo” dos refugiados da República Democrática do Congo.
“Há um tipo de refugiado que penso que não aceitaremos mais. Não podemos continuar a acolher refugiados, pelos quais mais tarde somos de alguma forma considerados responsáveis, ou mesmo insultados”.
O Chefe de Estado voltou a dizer que contesta acusações de que o Ruanda está a apoiar o grupo armado M23. Estas acusações foram feitas pela RDC e por vários membros da comunidade internacional, incluindo o grupo de peritos da ONU, num relatório publicado em Dezembro passado.
“Todos aqueles que pensam que o problema é do Ruanda e não do Congo, primeiro que tudo, removam os congoleses que estão aqui. Aqueles que vêm todos os dias, por causa das acções do seu governo e instituições, que dizem que o governo não está a funcionar correctamente, ainda não é problema meu. E se é problema meu, também é problema vosso, como comunidade internacional, estou a tratar deles, é tanto o vosso problema como o meu”.
De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, no final de Novembro, o Ruanda acolhia mais de 76.000 congoleses no seu território, alguns deles há mais de 20 anos, e os meios de comunicação locais falam de mais de 2.000 recém-chegados nos últimos dois meses.