Havai arde há uma semana. Maior rede elétrica do país acusada de causar fogos

Os incêndios que deflagraram a 8 de agosto no arquipélago do Havai, nos Estados Unidos, e causaram aquilo a que as autoridades já chamam do pior desastre natural do estado, começam agora a ser motivo de ‘inspeção’.

O número de mortos – que deverá aumentar nos próximos dias, uma vez que existem centenas de desaparecidos – subiu para 96. A ilha de Maui foi afetada por três incêndios e, segundo a último ponto de situação das autoridades, feito no domingo, dois ainda estarão ativos.

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Já esta segunda-feira, o governador do estado, Josh Green, apontou que os incêndios de Maui se tornaram os mais mortíferos da história do país e que as buscas por vítimas continuam.

O responsável apontou ainda que os fogos se terão propagado cerca de “uma milha por cada minuto”, o que significa que em cada minuto as chamas terão avançado cerca de 1,6 quilómetros.

De acordo com as publicações internacionais, apenas duas das vítimas mortais foram, por ora, identificadas.

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Mas, afinal, o que causou os incêndios?

Apesar de não ser a primeira vez que fogos florestais acontecem no estado, nos últimos dias ficou montada a ‘tempestade perfeita’  para a devastação a que se tem assistido. Para além do tempo quente, a passagem do Furacão Dora ‘alimentou’ a situação. Segundo os responsáveis pela monitorização, cerca de 14% do território do estado do Havai estava classificado como em seca severa ou moderada. O restante território (80%) apresentava, ainda assim, um estado de seca fora do normal.

Este tipo de seca faz com que a humidade restante na vegetação evapore, fazendo com que as chamas alastrem de forma muito mais rápida entre as plantas.

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As imagens partilhadas poucas horas após os incêndios deflagrarem davam conta de um « cenário apocalíptico », com relatos de pessoas a saltarem para o oceano por forma a salvarem-se do desastre.

Para além do clima, quem vai arcar com as responsabilidades?

A Justiça do Havai recebeu uma ação coletiva que acusa a maior distribuidora de eletricidade do arquipélago, a Hawaiian Electric, de ter causado os incêndios na ilha de Maui.

Segundo a imprensa local, o processo foi apresentado por três escritórios de advogados que representam pessoas afetadas pelos incêndios de Lahaina, antiga capital do arquipélago e uma das zonas turísticas mais populares do estado.

A ação argumenta argumenta que a Hawaiian Electric, que fornece eletricidade a 95% do estado, « indesculpavelmente, deixou as linhas de energia operacionais durante as condições previstas de alto risco de incêndio ».

« A destruição poderia ter sido evitada se os réus tivessem ouvido os avisos do Serviço Nacional de Meteorologia [norte-americano] e desligado a energia das suas linhas elétricas durante o evento de vento forte que era esperado » vários dias antes do início dos incêndios, afirma o processo.

Segundo o que lembra o processo, a prática de desligar as linhas de energia por motivos de segurança pública é comum em várias partes dos Estados Unidos durante condições de alto risco.

A procuradora-geral do Havai, Anne López, anunciou no sábado que fará uma « investigação exaustiva » sobre a resposta das autoridades à catástrofe.

Lusodescendentes no arquipelágo

O arquipélago conta com uma comunidade luso-americana (com dupla nacionalidade) composta por cerca de 200 pessoas. Um número residual comparado à comunidade lusodescendente, que não tem necessariamente a nacionalidade portuguesa, mas que advém da emigração para o arquipélago no final do século XIX.

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Nos últimos dias, o Ministério dos Negócios Estrangeiros tem estado atento a esta comunidade. Depois de se saber que havia lusodescendentes entre os desaparecidos, e de Portugal ter demonstrado solidariedade, houve, no sábado, algumas atualizações. 

Segundo explicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, tutelado por João Gomes Cravinho, no sábado, alguns lusodescendentes já tinham sido localizados. Ainda assim, esta pasta admitiu que outros ainda poderiam estar desaparecidos.

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