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Desporto/Tênis: Loïs Boisson brilha em Roland Garros e encerra campanha histórica nas meias-finais frente a Coco Gauff

Paris, 6 de Junho – A tenista francesa Loïs Boisson, de 22 anos, despediu-se esta quinta-feira da sua notável campanha em Roland Garros, após ser derrotada pela número 2 do mundo, Coco Gauff, por 6/1 e 6/2 na quadra Philippe Chatrier. Esta foi a primeira participação de Boisson no quadro principal de um torneio do Grand Slam, alcançada graças a um wild card, e terminou com um feito histórico: chegar às meias-finais.

Derrota com sabor agridoce

“É claro que é ótimo estar na meia-final, mas estou um pouco dececionada com o resultado de hoje”, afirmou Boisson na conferência de imprensa. “Ela jogou muito bem. Foi simplesmente boa demais para mim hoje, e é isso”.

A francesa destacou o nível superior de Coco Gauff, cuja intensidade e consistência não permitiram que Boisson impusesse o seu jogo:
“Ela atacava de todas as direções, pela direita, pela esquerda… Eu só sentia que estava a correr de um lado para o outro. Foi difícil. Ela foi muito sólida e eu não consegui impor o meu estilo”, confessou.

Primeira semifinalista francesa desde 2011

Com esta prestação, Boisson torna-se a primeira francesa a alcançar a meia-final de singulares em Roland Garros desde Marion Bartoli, em 2011. Durante a campanha, eliminou duas jogadoras do top 10: Jessica Pegula e Mirra Andreeva, apoiada sempre por um público vibrante.

“O público francês apoia muito os seus jogadores”, afirmou. “Joguei três vezes na Chatrier e nunca tinha vivido uma atmosfera assim. Foi incrível. Eles empurram-nos quando as coisas ficam difíceis. Quando o público está presente, isso muda tudo”.

Uma carreira relançada

Recuperada de uma grave lesão no joelho que a afastou de Roland Garros em 2023, Boisson prepara-se agora para uma nova fase da carreira. Com os pontos conquistados, vai ascender pelo menos à 68ª posição no ranking mundial, o que lhe abre portas para torneios mais competitivos.

“Não pensei muito ainda no que vem a seguir, porque acabei de sair do campo”, disse. “Mas o calendário vai mudar. Com o novo ranking, terei acesso a torneios mais exigentes, o que é excelente. No entanto, não pretendo alterar drasticamente a minha rotina, porque se cheguei até aqui, é sinal de que está a funcionar”.

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Recuperação e maturidade

Apesar da eliminação, Boisson demonstrou maturidade:
“O ténis é assim. É preciso seguir em frente semana após semana. Não vale a pena demorar muito para digerir uma derrota”.

Ainda assim, reconheceu o impacto emocional das duas últimas semanas:
“Nunca vivi uma semana tão intensa, física e emocionalmente. Por isso, preciso de um tempo para me recuperar, não só pela derrota, mas por tudo o que aconteceu”.