O grupo energético ENI, do qual o Governo italiano é o maior acionista com 31,3% do capital, anunciou nesta quarta-feira, 1 de setembro 2021, que tinha feito “uma grande descoberta” de petróleo e gás natural na costa da Costa do Marfim.
“O potencial da descoberta pode ser estimado de forma preliminar entre 1,5 e 2 mil milhões de barris de petróleo no local e entre 1800 e 2400 mil milhões de pés cúbicos (TCF) de gás associado”, pode-se ler no comunicado publicado. Ao final do dia 1 de setembro.
É uma reviravolta vitoriosa para o grupo de energia que regressou à Costa do Marfim em 2015, depois de aí ter trabalhado no período de 1960 a 1980, segundo dados que constam do seu site.
O poço CI-101, objeto desta descoberta, foi-lhe outorgado no final do primeiro trimestre de 2017, juntamente com um outro poço.
A ENI também está presente em outros locais de exploração próximos ao local da descoberta. “Um programa será implementado para avaliar o potencial significativo de valorização da estrutura geral que abrange o bloco CI-802”, disse o grupo.
Na Costa do Marfim, o ministro responsável pelo Petróleo, Thomas Camará já veio a publico para mostrar o seu contentamento: “estamos muito satisfeitos com este desenvolvimento que virá aumentar as reservas comprovadas” do país em hidrocarbonetos.
“Esta é uma importante descoberta que aumenta muito as reservas comprovadas da Costa do Marfim, bem como a sua produção de petróleo e gás nos próximos anos”, acrescentou o ministro das Minas, Petróleo e Energia, Thomas Camará.
Esta nova descoberta vai permitir que a Costa do Marfim também possa começar a contar com o seu setor de petróleo e gás, para alavancar recursos públicos. Mas ainda há muito a fazer para permitir que o primeiro exportador mundial de cacau aproveite ao máximo os seus recursos em hidrocarbonetos.
Recorde-se que a ENI uma empresa multinacional italiana de petróleo e gás com sede em Roma. Considerada uma das sete “supergrandes” petrolíferas do mundo, tem operações em 66 países com uma capitalização de mercado avaliada em 36,08 mil milhões de dólares, a 31 de dezembro de 2020 e cujo governo italiano detém 30,33% da empresa.