OBCP, o BPI e o Banif foram usados para esquemas de corrupção em Angola. A empresa holandesa SBM Offshore pagou subornos a quadros da petrolífera angolana Sonangol, num total de mais de seis milhões de dólares, com o objetivo de ser favorecida em concursos, avança o Jornal de Negócios (acesso pago). O CEO da empresa acabou condenado a dois anos de pena suspensa em outubro do ano passado.
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Em causa estão transferências feitas entre 2005 e 2008, num total de 6.836.400 dólares (5.681.960 euros), feitas pela SBM Offshore, cujo capital é inteiramente detido pela SBM Holding, com domicílio fiscal na Suíça. O objetivo da empresa era ser favorecida nos concursos para os projetos de exploração petrolífera Kizomba C e Greater Plutonio e, para isso, transferiu subornos para contas em bancos portugueses.
O então vice-presidente da Sonangol Shipping Holdings, e Baptista Sumbe, que foi presidente do Conselho de Remunerações e Previdência do BCP, foram alguns dos nomes que receberam pagamentos da SBM. O caso começou a ser investigado após uma denúncia em 2016 e, em outubro do ano passado, o Tribunal Penal Federal de Bellinzona condenou Didier Keller, CEO da SBM Holding à data dos factos, a dois anos de prisão com pena suspensa, tendo este admitido ser culpado do crime de corrupção ativa de quadros públicos estrangeiros.