África/Moçambique: Mais um empresário raptado em Maputo

Mais um empresário moçambicano da comunidade hindu foi raptado em Maputo, no domingo, a poucos metros de um quartel na Avenida Amílcar Cabral, no bairro de Sommershield, informa a AIM.

O rapto ocorreu por volta das 9h00 e a vítima, identificada como Dharmendra, proprietário de uma “loja de garrafas” localizada a menos de 50 metros do quartel militar e junto ao “O Vosso Supermercado”, na zona conhecida como ‘zona militar’.

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Testemunhas no local, citadas pela AIM. dizem que os raptores estavam armados, executaram o crime rapidamente e sem qualquer hipótese de reação da vítima, tendo a polícia chegado ao local mais tarde, já depois do ato consumado.

“Vi o senhor a chegar, para abrir a loja de garrafas. Costumo carregar os vasos dele de manhã e abrir a porta da loja antes de os empregados chegarem. Então, quando quis ajudá-lo, vi um carro estacionado ali (perto da garrafeira) e ele já estava lá dentro”, disse Mateus Machava, uma das testemunhas, no local, citada por O País.

As testemunhas ouvidas por O País dizem que todos pensaram que “os que estavam dentro do carro estacionado] eram clientes”. “Saíram do carro e três minutos depois foram-se embora com o idoso. Pegaram nele ao colo e foram-se embora. Eram três. Um estava no carro e os outros dois saíram. Eram miúdos. Não eram pessoas adultas. Dois deles estavam armados”.

“Os trabalhadores estavam lá dentro. Não podiam sair. A pessoa raptada é o dono da loja de garrafas. Ainda não tinham passado 10 minutos da abertura. Acho que os raptores o estavam a vigiar. Ele não tem segurança. Os militares não fizeram nada porque ninguém se apercebeu de nada. Eu apercebi-me porque estava perto. A polícia chegou ao local 30 minutos depois”, descreveu uma das testemunhas em declarações a O País.

Os vendedores informais que desenvolviam as suas actividades na rua, onde ocorreu o sequestro, também viram alguma coisa. “Vi um carro entrar na entrada da loja de garrafas. Os ocupantes saíram do veículo e entraram na loja. Não deu para perceber o que se passou lá dentro. Apenas o carro a sair a alta velocidade. Foi quando gritaram raptores, raptores”, disse Florência, uma vendedora cuja banca estava posicionada em frente ao local do crime.

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Miramar informa que o empresário raptado ontem tem 65 anos.

Só este ano, registaram-se três casos de raptoas em Maputo, dois consumados e uma tentativa de rapto frustrada graças à intervenção popular na baixa de Maputo.

O fenómeno revela o apetite que os criminosos têm pela indústria do rapto, que continua a semear o medo na classe empresarial, enquanto a Brigada Anti-Sequestro prometida pelo Executivo não se torna operacional.

Refira-se que os raptos são um crime organizado que há mais de 13 anos mantém os empresários em sobressalto em Moçambique, tendo feito várias dezenas de vítimas, pondo em risco a segurança pública.

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