África/Saúde: líderes africanos apelam a mais produção local de vacinas

Cinco chefes de Estado e de governo da Europa e África, incluindo Emmanuel Macron e Paul Kagame, apelaram na terça-feira para “partilha de tecnologia” e “apoio à inovação” a fim de produzir mais vacinas localmente no mundo para combater as pandemias.

“Não se trata de saber se uma nova pandemia irá ocorrer, mas quando”, escrevem os presidentes de França, Ruanda, África do Sul Cyril Ramaphosa e Senegal Macky Sall, o chanceler alemão Olaf Scholz e o director-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) Tedros Adhanom Ghebreyesus numa op-ed publicada no Le Monde.

“É tempo de intensificar a colaboração, promover a produção local e criar confiança nos produtos produzidos localmente, a fim de estar melhor preparado para a próxima crise”, insistem eles. África é o continente menos vacinado do mundo contra a Covid-19, com menos de 20% dos seus 1,2 mil milhões de pessoas tendo recebido duas doses de vacina.

A primeira fábrica de vacinas de ARN mensageiro de África abriu em Junho no Ruanda, com o objectivo de produzir tratamentos para a Covid-19 e outras doenças para milhões de pessoas em todo o continente até ao início de 2024. A África do Sul abriu também em Janeiro uma fábrica de vacinas Covid-19. O Senegal está também preparado para se tornar um centro regional para o fabrico de vacinas.

“É difícil construir uma unidade de produção de vacinas, mas é ainda mais difícil assegurar a sua sustentabilidade”, dizem os signatários do fórum. Pedem mais formação de pessoal, mais regulamentação, em África e noutras partes do mundo, e mais investimento “na preparação para pandemias”.

A tecnologia mRNA também pode ser “adaptada para combater outras doenças, tais como a infecção pelo VIH, tuberculose, malária e leishmaniose”, observam eles.

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