O regresso à Hungria marca não só o fim de uma sequência dupla de corridas como também o encerramento da primeira metade da temporada, antes de uma paragem obrigatória de duas semanas em agosto. Embora se aproxime uma pausa, o Grande Prémio de Budapeste deste fim de semana carrega um peso estratégico importante para equipas e pilotos.
Uma oportunidade para marcar o ritmo
Oscar Piastri chega ao circuito onde conquistou a sua primeira vitória na Fórmula 1 com 16 pontos de vantagem sobre o colega de equipa da McLaren, Lando Norris, após o triunfo em Spa-Francorchamps no domingo passado.
Essa foi a primeira vitória de Piastri em quatro corridas e uma resposta sólida às conquistas consecutivas de Norris na Áustria e no Reino Unido. Apesar de ter demonstrado rapidez em ambas as ocasiões, Piastri viu a diferença entre os dois cair para apenas alguns pontos na luta pelo título.
Por ser a última corrida antes das férias, os resultados ganham simbolismo adicional, com o vencedor a levar consigo o embalo até ao final de agosto. Se Piastri vencer novamente, poderá distanciar-se até 23 pontos de Norris, praticamente o equivalente a uma vitória. No entanto, Norris ainda pode inverter a narrativa com um triunfo, reduzindo a diferença para apenas nove pontos.
A luta pelo título promete manter-se acesa até ao final da temporada, mas o desfecho deste fim de semana terá um peso prolongado.
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Comprar um espaço para minha empresa.Hamilton e Ferrari tentam consolidar evolução
O fim de semana na Bélgica foi frustrante para Lewis Hamilton, que teve dificuldades em adaptar-se às novas peças do Ferrari e sofreu duas eliminações precoces nas qualificações.
Um despiste na Sprint Qualifying foi atribuído a ajustes num novo componente, enquanto Hamilton excedeu os limites de pista na Q1 de sábado, perdendo o melhor tempo e sendo eliminado.
No entanto, o heptacampeão recuperou de forma impressionante na corrida de domingo, com várias ultrapassagens marcantes e uma paragem estratégica que lhe permitiu sair da via das boxes para terminar em sétimo. No final, Hamilton revelou estar a começar a encontrar ritmo com as atualizações do Ferrari, nomeadamente a nova suspensão traseira.
Com a oportunidade de continuar esse progresso em Budapeste, Ferrari e Hamilton esperam um desempenho mais forte, tendo em conta que Charles Leclerc demonstrou o potencial do carro atualizado ao subir ao pódio em Spa.
Leclerc e o diretor da equipa, Fred Vasseur, destacaram que a Ferrari está a extrair cada vez mais do novo pacote técnico a cada sessão — um sinal encorajador para a Hungria.
Antonelli procura reencontrar confiança
Enquanto Hamilton conseguiu pontuar apesar da partida da via das boxes, Kimi Antonelli — que o substituiu na Mercedes — não teve a mesma sorte.
O jovem italiano teve um fim de semana difícil, com eliminações na primeira fase da Qualificação e uma recuperação apenas até ao 16.º lugar, embora tenha registado a volta mais rápida da corrida.
Antonelli confessou que tem sentido falta de confiança nas últimas provas, algo que se refletiu fortemente no sábado na Bélgica. Ainda assim, sentiu evolução durante a corrida, onde utilizou uma asa de maior carga aerodinâmica que lhe permitiu recuperar sensações, apesar do défice de velocidade em linha reta.
Antes da pausa, o piloto de 18 anos espera melhorar o desempenho nas Qualificações, para correr mais próximo da frente e tirar melhor partido do ritmo em corrida. As três sessões de treinos livres em Budapeste serão cruciais para reencontrar o equilíbrio.
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Anuncie aqui: clique já!Colapinto ainda persegue os primeiros pontos
A segunda vaga na Alpine, ao lado de Pierre Gasly, tem sido um desafio. Jack Doohan ocupou o lugar nas primeiras seis corridas antes de ser substituído por Franco Colapinto, e nenhum dos dois pilotos pontuou até agora, com ambos a registarem o melhor resultado em 13.º lugar. Todos os 20 pontos da equipa foram conquistados por Gasly.
O diretor executivo Flavio Briatore já mostrou que não hesita em mudar, e deixou claro que Colapinto manterá o lugar enquanto apresentar resultados, mas uma nova substituição não está descartada se o desempenho não melhorar.
O Alpine não é um carro competitivo este ano, e a equipa arrisca-se a afundar ainda mais na classificação se continuar a depender de um único piloto. Colapinto sabe que precisa de fins de semana mais consistentes para assegurar o lugar.
Budapeste é um circuito onde o argentino já brilhou nas categorias de base, com dois pódios, e um bom resultado agora permitir-lhe-ia encarar a pausa com mais confiança e tranquilidade.
Hungaroring de cara lavada
Quem acompanhou o Grande Prémio da Hungria no ano passado vai notar mudanças significativas este ano — não no traçado, que se mantém igual, mas sim nas infraestruturas da reta da meta.
O edifício das boxes e a bancada principal foram completamente demolidos e substituídos por estruturas modernas, dando mais espaço de trabalho às equipas e melhores condições aos espectadores. As obras foram realizadas durante o inverno e trouxeram um visual renovado ao circuito, aumentando o conforto e a funcionalidade para todos os envolvidos.