« Sim, confirmo », afirmou Teófilo Nhangumele, em resposta a uma pergunta do juiz da causa sobre a entrega de 33 milhões de dólares (28 milhões de euros) a Armando Ndambi Guebuza.
O dinheiro que a Privinvest, empresa de estaleiros navais com sede em Abu Dabi, pagou a Armando Ndambi Guebuza corresponde a 30 milhões de dólares (25,4 milhões de euros) que a empresa se comprometeu a pagar ao filho mais velho de Guebuza e a três milhões de dólares (2,5 milhões de euros) descontados do valor pago a Teófilo Nhangumele e Bruno Langa, arguido no processo e amigo de Ndambi Guebuza, explicou o arguido.
Teófilo Nhangumele avançou que ele e Bruno Langa aceitaram pagar 1,5 milhões de dólares (1,2 milhões de euros), cada, para Armando Ndambi Guebuza dos 10 milhões de dólares (8,4 milhões de euros) que cada um dos dois recebeu da Privinvest pelos serviços de « consultoria » que prestaram à empresa de estaleiros navais.
Nhangumele e Langa pagaram essas verbas, após Armando Ndambi Guebuza ter reclamado um valor adicional de três milhões de dólares sobre os 30 milhões que recebeu para poder « pagar a outras pessoas ».
A uma pergunta do juiz da causa sobre em que qualidade o filho mais velho de Armando Guebuza recebeu dinheiro em todo o processo que resultou nas ‘dívidas ocultas’, Nhangumele afirmou que o valor se destinava a permitir que Armado Ndambi Guebuza injetasse capital numa sociedade moçambicana de estaleiros navais que seria participada pela Privinvest.
O juiz considerou não respondida a pergunta sobre os motivos do pagamento de 33 milhões de dólares a Ndambi Guebuza.