Moçambique/Dívidas: Filho de ex-PR Guebuza afasta relação com oficiais da “secreta”

Armando Ndambi, filho do ex-presidente moçambicano Armando Guebuza, afastou esta terça-feira qualquer relação pessoal com os oficiais da “secreta” moçambicana, também arguidos no processo, acusados de terem recebido subornos alimentados pelas dívidas ocultas.

Ndambi disse, com um lacónico “não”, que não conhece pessoalmente o ex-diretor-geral do Serviço de Informação e Segurança do Estado do (SISE), Gregório Leão, nem o ex-diretor da Inteligência Económica da instituição, António Carlos do Rosário, ou o ex-diretor de Estudos e Projetos, Cipriano Mutota.

Acredito que a primeira vez que conversei com ele [Gregório Leão] foi agora que estamos presos no Língamo, declarou o filho mais velho de Armando Guebuza.

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Ndambi negou igualmente ter tido conhecimento do projeto de proteção marítima da Zona Económica Exclusiva (ZEE), que o Ministério Público diz que serviu de pretexto para a mobilização das dívidas ocultas.

O arguido observou que a primeira vez que ouviu falar do referido projeto foi na comunicação social, quando o escândalo veio a lume, em 2016.

Ndambi Guebuza também disse não ter relação com outros arguidos do caso, à exceção do seu amigo pessoal Bruno Langa. 

Voltou a negar que tenha influenciado o seu pai a aprovar o projeto de proteção costeira a favor da empresa de estaleiros navais Privinvest, com sede em Abu Dhabi.

O filho do ex-chefe de Estado moçambicano voltou a refutar esta terça-feira ter recebido 33 milhões de dólares de suborno, conforme apontado pelo Ministério Público.

Nas alegações que leu há nove dias, o Ministério Público acusou os 19 arguidos das “dívidas ocultas” de se terem associado em “quadrilha” para delapidarem o Estado moçambicano e deixar o país “numa situação económica difícil”.

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