Uma investigação recente, conduzida pela ONU (Organização das Nações Unidas), constatou que em ao menos 17 ocasiões a Síria fez uso de armas químicas. No total, 77 casos foram investigados, segundo a Associated Press.
Em setembro de 2013, a Síria foi pressionada pela Rússia, sua principal aliada, a aderir à Convenção de Armas Químicas. O presidente Bashar al-Assad disse, um ano depois, que havia destruído todo seu arsenal químico. Até hoje, porém, a OPCW (Organização para Proibição de Armas Químicas, da sigla em inglês) não confirmou a informação.
Recentemente, a OPCW solicitou, em duas ocasiões, acesso ao país árabe para confirmar a informação de al-Assad. Não houve resposta. “Decidi adiar a investigação até segunda ordem”, disse Fernando Arias, investigador do Conselho de Segurança da ONU, que classificou a situação como “perturbadora”.
Em meio à disputa, a Rússia não tem poupado críticas à OPCW, a quem acusa de agir conforme o interesse das nações ocidentais. Na visão dos russos, as investigações conduzidas pela entidade são repletas de “erros técnicos e factuais” e baseadas em informações provenientes de fontes opositoras ao governo sírio.