Donbass: A Ucrânia afirma ter destruído a sede dos mercenários do Grupo Wagner

Um hotel na cidade de Kadiivka, na região de Luhansk, foi muito danificado no fim-de-semana. Segundo o governador no exílio ucraniano Serhiy Haidai, uma greve causou “muitas mortes” entre os mercenários de Wagner.

Serhiy Haidai, governador no exílio da região de Luhansk, disse à televisão ucraniana a 11 de Dezembro que um complexo hoteleiro utilizado pelo grupo paramilitar russo Wagner tinha sido alvo das forças ucranianas. Esta greve, realizada na cidade de Kadiivka (chamada Stakhanov pelos russos), na região de Luhansk, terá causado “muitas mortes” entre os mercenários, informou a BBC.

A informação, que foi recolhida por vários meios de comunicação internacionais, não foi confirmada no local por jornalistas destes mesmos jornais. Numa declaração, Yevgeny Prigozhin, o fundador do grupo armado – que, segundo os peritos ocidentais, está “a agir em nome do Kremlin” na Ucrânia – disse apenas que o seu filho, Pavel, não se encontrava entre as vítimas, como alguns rumores tinham afirmado.

LEIA TAMBÉM

“Apesar disto, há muitas indicações de que os mercenários de Wagner foram atingidos”, disse Andrew Roth, correspondente do Guardião em Kiev, no website do diário. De acordo com vários meios de comunicação públicos russos citados pelo jornal britânico, o complexo hoteleiro Kadiivka foi de facto alvo de fogo de artilharia pesada no domingo 11 de Dezembro.

Ao mesmo tempo, fotografias inicialmente publicadas pelo blogger pró-russo Alexander Simonov mostram que “uma grande parte do Hotel Zhdanov foi reduzida a escombros”. No entanto, segundo Simonov, que trabalhou anteriormente no grupo Wagner, “havia membros da organização Wagner no edifício”. E segundo Andrew Roth, “havia rumores de que o hotel era conhecido por albergar oficiais russos em combate na região”.

Os mercenários de Wagner têm sido repetidamente “acusados de crimes de guerra e abusos dos direitos humanos”, diz a BBC. Fora da Ucrânia, “foram destacados para a Crimeia, Síria, Líbia, Mali e a República Centro-Africana”.

LEIA TAMBÉM

O canal britânico também assinala que “o ataque ao seu ‘QG’ no leste da Ucrânia vem numa altura em que os combates se desenrolam no sul do país”. O exército ucraniano disse ter interceptado dez drones enviados pelos russos no sábado 10 de Dezembro. Outros cinco conseguiram atingir as infra-estruturas da cidade portuária de Odessa, “cortando a energia a cerca de 1,5 milhões de pessoas”.

Entretanto, as autoridades pró-russas na cidade ocupada de Melitopol na região de Zaporizhia dizem que um ataque com mísseis ucranianos matou pelo menos duas pessoas e feriu uma dúzia, destruindo um centro cultural no processo. “Em imagens partilhadas pelas autoridades russas no local, pode ser visto um grande incêndio”.

L’attribut alt de cette image est vide, son nom de fichier est Mozbox-new-2-1024x341.jpg.

leave a reply