O Presidente moçambicano Filipe Nyusi inaugurou na sexta-feira uma fábrica de processamento de areias minerais pesadas no distrito de Chibuto, na província de Gaza, a sul.

A fábrica pertence à empresa chinesa Dingsheng e custou 700 milhões de dólares americanos. Ocupa uma área de 3.000 hectares, e consiste em duas linhas de produção com capacidade para processar 10.000 toneladas de minerais por dia (na sua maioria minérios de titânio).

Falando na cerimónia de inauguração, Nyusi anunciou que o projecto de areias pesadas de Chibuto poderia contribuir anualmente com cerca de 36 milhões de dólares para os cofres estatais em impostos durante o período de vida do projecto. Em royalties, o projecto poderia gerar mais de oito milhões de dólares por ano.

A construção desta mina a céu aberto começou em 2014, e os primeiros minerais foram produzidos seis anos mais tarde, numa base experimental.

Ele acreditava que a mina de Chibuto provaria “uma marca indelével” para Moçambique e para a África Austral.

“Este empreendimento é um importante ganho de grande relevância”, disse ele. “Reunimo-nos com os investidores em várias ocasiões e encorajámo-los a continuar. Esta é uma demonstração clara de que o nosso desenvolvimento nada tem a ver com a situação geográfica”.

Nyusi salientou que o país está a avançar gradualmente para um desenvolvimento sincronizado, em todas as províncias.

Actualmente, acrescentou, cerca de 20 por cento das exportações de Moçambique são metais e outros minerais. A contribuição da indústria extractiva para o produto interno bruto de Moçambique aumentou de 1,1 por cento em 2011 para 10 por cento em 2021.

Nyusi tinha a certeza de que este crescimento iria acelerar graças ao início da produção e exportação de gás natural liquefeito (GNL), a partir da Bacia do Rovuma, ao largo da costa da província de Cabo Delgado, no norte do país.

As exportações totais de Moçambique atingiram um valor de 2,4 mil milhões de dólares em 2021, em comparação com 360 milhões de dólares em 2011.