Tina Turner morreu na quarta-feira, 24 de Maio, aos 83 anos, após uma longa doença, segundo o seu publicista. Embora não se saiba qual o problema de saúde que causou a sua morte, vários meios de comunicação social referem que o percurso médico da cantora foi marcada por muitas complicações nos últimos anos.
Tina Turner já não é . A rainha do rock’n’roll, icónica intérprete de The Best, morreu aos 83 anos, na quarta-feira, 24 de Maio, no seu chalé em Küsnacht, perto de Zurique, na Suíça. “Com ela, o mundo perde uma lenda da música e um modelo a seguir”, afirmaram os seus representantes num comunicado enviado à agência noticiosa PA, acrescentando que a estrela da música morreu após uma longa doença, sem dizer de que sofria.
A multipremiada cantora tinha sofrido uma sucessão de graves problemas de saúde nos últimos anos. No seu obituário, o Washington Post recorda que a sogra de Afida Turner sofreu “um ataque cardíaco em 2013, seguido de uma doença renal e outras enfermidades”.
Jornalistas do Midi Libre revelaram um pouco mais sobre os problemas de saúde de Tina Turner. Segundo o diário, a cantora foi diagnosticada com cancro do intestino em 2016, aos 77 anos. “Perante a notícia, ela tenta ‘manter a calma’ e confiar na ‘confiança, optimismo e alegria de viver'”, escreve. Lutadora, a mulher de Erwin Bach recorre à medicina alternativa, “incluindo a homeopatia”, para aliviar os efeitos secundários dos tratamentos médicos mais graves.
Tina Turner salva pelo seu marido Erwin Bach
Infelizmente, estes tratamentos provocaram a doença renal referida pelo jornal americano. Tina Turner precisava urgentemente de um novo transplante de rim: “Em Dezembro de 2016, os meus rins estavam a funcionar apenas a 20%. Eu tinha duas opções: diálise diária ou um transplante de rim. Mas as minhas hipóteses de encontrar um dador eram escassas”, escreveu na sua autobiografia em 2018. Acontece que Erwin Bach era um dador compatível. O marido concordou em dar-lhe um rim a 7 de Abril de 2017, salvando-lhe a vida.
Tocada por um tal gesto de amor, a cantora do êxito What’s love got to do with it agradece calorosamente ao homem que ama: “As consequências da minha ignorância quase me mataram. Depois descobri uma coisa extraordinária no Erwin: nunca me censurou pelos meus erros. Pelo contrário, era leal, bondoso e compreensivo. Estava determinado a ajudar-me a manter-me viva”. Após o transplante, Tina Turner disse à imprensa que sabia que a sua “aventura médica ainda não tinha terminado”: “Mas eu estou aqui, nós ainda estamos aqui, mais perto do que alguma vez imaginámos. Olho para trás e penso no meu karma. O bem veio do mal, a alegria da tristeza. E nunca me senti tão feliz como me sinto hoje”.
A perda dos seus dois filhos, as duas tragédias da sua vida
Para além destes graves problemas de saúde, os últimos anos de Tina Turner foram também marcados por duas tragédias: a perda dos seus dois filhos Craig, nascido em Agosto de 1958 da sua união com o saxofonista Raymond Hill, e Ronald, apelidado de Ronnie, da sua união com Ike Turner. O primeiro suicidou-se com um tiro na sua casa na Califórnia, aos 59 anos, em 3 de Julho de 2018, mergulhando a sua mãe num profundo luto. Ronnie morreu de cancro do cólon em Dezembro de 2022, com 62 anos. “Ronnie, deixaste o mundo demasiado cedo. Na minha dor, fecho os olhos e penso em ti, meu filho amado”, escreveu Tina Turner na altura, destroçada pela dor.
