Governo ucraniano diz que ponte na Crimeia é alvo para os seus militares


O ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, afirmou hoje que a ponte Kerch, na Crimeia, assim como as instalações militares nesta península anexada pela Rússia, são “alvos oficiais” das forças armadas ucranianas.

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“Todos estes alvos são objetivos oficiais porque reduzirão a capacidade de luta [dos militares russos] contra nós, ajudando a salvar a vida de ucranianos”, declarou o ministro da Defesa ucraniano à televisão norte-americana CNN.

“É uma tática normal destruir as linhas de logística do inimigo para impedir a sua capacidade de obter mais munições, mais combustível ou mais alimentos. É por isso que utilizaremos estas táticas” contra os russos, disse Reznikov, referindo-se à ponte Kerch.

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Por outro lado, Reznikov também voltou a acusar a Rússia de atuar como um “Estado terrorista”, após os últimos ataques contra vários armazéns de cereais ucranianos, que aconteceram dias depois de Moscovo ter decido não estender o acordo de exportação de cereais ucranianos a partir dos portos do Mar Negro.

O Governo russo justificou estes ataques como retaliação aos atentados realizados contra algumas das suas instalações estratégicas, como a ponte Kerch. Reznikov garantiu que os russos “estão a lutar contra a população civil ucraniana”.

Segundo o ministro da Defesa da Ucrânia, é por isso que os ucranianos classificam os russos como “saqueadores, violadores e assassinos”.

Há uma semana, um dos trechos da ponte Kerch, que liga a península da Crimeia à região russa de Krasnodar, foi atingido por vários ‘drones’, num ataque que deixou dois mortos.

A Ucrânia evitou assumir a responsabilidade pelo ataque e chegou mesmo a acusar a Rússia de tê-lo cometido. Moscovo, entretanto, denunciou Kyiv como responsável pelo incidente na ponte na Crimeia. A península ucraniana da Crimeia foi anexada à Rússia em 2014.

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A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). 

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

 

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