Guebuza não sabia da criação da EMATUM

Retomou, depois de cinco dias, a audição ao réu António Carlos do Rosário.

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Quando o assistente da Ordem dos Advogados de Moçambique questionou sobre a constituição da EMATUM, o arguido António do Rosário revelou que o ex-Presidente da República, Armando Guebuza, na qualidade de comandante-em-chefe das Forças de Defesa e Segurança Nacional, desconhecia o criação da EMATUM, soube depois quando já estava no mercado.

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“Não sabia porque não era membro do Comando Operativo, soube depois de lançarmos a operação e depois de contrairmos o empréstimo”, explicou Do Rosário, que acrescentou que “essas empresas foram criadas de forma encoberta, porque não eram do SISE e foram criadas pelo Comando Operativo e não Conjunto. Não estávamos a agir em nome do SISE, mas do Comando Operativo, as operação encobertas não são para o Chefe de Estado saber”.

Quando questionado se esta inacção representa deslealdade para com o comandante-em-chefe, porque o SISE trabalha na sua dependência, o arguido negou, alegando que existem questões mais importantes relacionadas com a vida dos moçambicanos que o chefe de estado devia preocupa-se.

“Porque se assim fosse, não havia necessidade de nós existirmos”, sublinhou o réu.

Como explicou, o então ministro da Defesa, Filipe Nyusi, soube da constituição dessas empresas, chegando mesmo a pedir por escrito à PROÍNDICUS que lhe desse uma garantia de 372 milhões de dólares. Quanto às outras empresas, Filipe Nyusi fez um pedido oral ao Ministro das Finanças.

“Quando nos sentamos no âmbito do Comando Operativo, percebemos que já não podíamos continuar a usar o ministro da Defesa para assinar as garantias e foi assim que decidiu passar essas funções para o SISE.”

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