O governo da Índia anunciou que vai substituir os copos de café em 7 mil estações de comboios do país. Em vez dos copos descartáveis, vão ser usados kulhads, os tradicionais copinhos de cerâmica.
A mudança para os kulhads é um retorno à hábitos tradicionais, quando estes copos artesanais eram comuns. Como os kulhads não são envernizados ou pintados, eles são totalmente biodegradáveis e se transformam em barro novamente, podendo até ser jogados no chão e quebrados após o uso.
Jaya Jaitly é uma ativista e especialista em trabalhos manuais que defende a reintrodução dos copinhos de barro desde os anos 90. Ela explica que sua produção vai dar emprego para oleiros, em um momento em que é fundamental garantir oportunidades para a população da Índia.
Já antes, os plásticos descartáveis, como os sacos, os talheres e os copos de plástico, estavam proibidos em Deli. A proibição, aprovada pelo Tribunal Nacional Verde em dezembro de 2016, afeta todo o Território da Capital Nacional de Deli, que engloba a capital indiana, Nova Deli.
As diretivas do Tribunal indicam ainda às autoridades de Deli que tomem “medidas imediatas” para reduzir a quantidade de resíduos em três dos principais aterros, localizados em Okhla, Gazipur e Bhalswa, que funcionam como centrais para produção de energia a partir de resíduos, mas que os moradores acusam de utilizar tecnologias de incineração ilegais, que causam poluição atmosférica, conta o Times of India. “Cada um destes locais é um retrato da confusão que pode ser criada para o ambiente e para a saúde das pessoas de Deli”, declarou o Tribunal.
Na Akshar Foundation School, na Índia, a mensalidade é paga com plástico. Esta é uma escola para crianças entre os 5 e os 15 anos numa pequena comunidade do estado indiano de Assam, no nordeste do país. Apoiada por uma fundação, a escola vive dos contributos semanais dos alunos: no mínimo, 25 objetos de plástico descartável para reutilizar ou reciclar.
A principal motivação dos fundadores da Akshar Foundation School foi evitar a incineração do lixo plástico, muito comum na comunidade e altamente tóxica para o solo e para o ar. Além disso, até à abertura da escola, a maior parte das crianças trabalhava nas pedreiras da região.
Fonte: Green Savers