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Tecnologia estimula agricultura

A agricultura inteligente, também chamada agricultura de precisão, é o próximo ponto de viragem do universo agronómico. Na Grécia, os investigadores acreditam que ela vai poder ajudar os agricultores a tornar a produção mais precisa rentável.

No Peloponeso grego, as azeitonas ainda são colhidas respeitando técnicas ancestrais, mas há testes para tecnologias avançadas.

No âmbito de um projecto europeu de investigação, cientistas estão a desenvolver dispositivos, como drone com uma câmara multiespectral, a partir do qual os produtores de azeite podem monitorar ao detalhe a evolução de crescimento de cada uma das suas árvores.

“É como colocar um microscópio no ar. Podemos identificar que árvores são mais vigorosas e saudáveis em comparação com outras, e então definir tratamentos direccionados”, explica Evangelos Anastasiou, engenheiro agrícola e investigador na Universidade Agrícola de Atenas.

Através do drone também é possível controlar melhor a irrigação. Com uma estação meteorológica inteligente, ligada aos sensores de humidade do solo, os agricultores podem regar sem ir ao campo, usando apenas um telemóvel e economizando tempo, dinheiro e água.

Kostas Pramataris, engenheiro informático, explica que “este dispositivo permite monitorar o solo e estabelecer algumas regras inteligentes. Portanto, quando a humidade do solo estiver abaixo de um limite específico, ele vai começar a regar parando assim que o nível de humidade subir”.

Um sensor de condutividade elétrica permite perceber como a água se move no subsolo.

Para os agricultores, já sob pressão financeira estas tecnologias são caras. Mas, perante os riscos ambientais que enfrentam, os produtores dizem estar preparados para a mudança.

“São ferramentas que nos vão ajudar a reduzir os consumos, que é uma das nossas prioridades. Também vão permitir produzirmos produtos seguros e aumentar a produção. Mas o mais importante é que o produto final seja ecológico. E, se seguirmos este caminho sem as novas tecnologias, não temos qualquer hipótese de sucesso”, afirma o director do departamento de economia rual de Trifylia, Antonis Paraskevopoulos.

Por sua vez, na Suécia cientistas estão a testar sensores ópticos, fixados nas orelhas das porcas. Através desses dispositivos, medem o batimento cardíaco conhecendo a frequência cardíaca regular de um determinado animal.

A tecnologia também permite ajudar os produtores a agir durante o momento mais crucial, o parto.

Para cuidar das crias, as porcas têm de estar em excelente estado de saúde. Graças a um sistema de alerta, Jos e o filho, Frank, podem ser mais conscientes e reactivos durante o processo.

“Quando vou para casa, não sei o que está a acontecer no estábulo. Com estes dados, posso ver em casa se há uma porca que começa a dar à luz. E isso vai ajudar-me de manhã”, conta Frank Bottermans.

Todos os dados passam por um portal, que mede a qualidade e a temperatura do ar.

Para Anders Herlin, professor da Universidade de Ciências Agrícolas da Suécia e coordenador do projecto, alega que “cada animal é muito importante, é valioso e tem seu próprio direito ao bem-estar. Portanto, temos de monitorar. Essa é a ideia da pecuária de precisão”.

Até 2025, estima-se que o mercado global de agricultura inteligente duplique, chegando aos 16 mil milhões de euros.

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