Na madrugada desta terça-feira, bombas planantes russas e mísseis balísticos atingiram uma prisão e um hospital na Ucrânia, deixando um rastro de destruição e provocando a morte de pelo menos 27 civis, segundo autoridades locais.
Ataque à prisão em Zaporizhzhia
Quatro poderosas bombas planantes atingiram a prisão de Bilenke, na região sudeste da Zaporizhzhia, causando a morte de pelo menos 16 detidos e ferindo mais de 90 pessoas, de acordo com o Ministério da Justiça da Ucrânia.
A estrutura do edifício ficou seriamente danificada: a cantina foi destruída, edifícios administrativos e de quarentena ficaram comprometidos, e pelo menos 42 reclusos foram hospitalizados com ferimentos graves. Apesar da destruição, a cerca perimetral aguentou, não havendo fugas registadas.
Ataques a centros médicos em Dnipro
Na região central de Dnipro, mísseis parciais destruíram um edifício de três andares e danificaram infraestruturas médicas, incluindo um hospital materno e um serviço hospitalar municipal.
Entre as vítimas mortais estão uma mulher grávida de 23 anos e pelo menos mais duas pessoas em outras áreas da região.
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O presidente Volodymyr Zelenskyy denunciou que os disparos atingiram 73 cidades, vilas e localidades do país — afirmando que foram « ataques deliberados e conscientes, não acidentais », numa publicação no Telegram.
Neste contexto, o ex-presidente dos EUA Donald Trump expressou descontentamento com o líder russo Vladimir Putin, concedendo-lhe um prazo de 10 dias, até 8 de agosto, para cessar os ataques ou enfrentar sanções e tarifas severas.
Resposta russa e escalada militar
O Kremlin reagiu com firmeza, com o porta-voz Dmitry Peskov assegurando que Moscovo permanece focado nos seus objetivos na Ucrânia, apesar das advertências de Trump.
Por sua vez, Dmitry Medvedev, dirigente do Conselho de Segurança russo, advertiu Trump para não “jogar ao ultimato” com Moscovo, alegando que novas sanções representam um risco de conflito com os EUA.
Desde o início da invasão, Kiev enfrenta uma guerra prolongada, com mísseis Iskander-M, dezenas de drones kamikaze (Shahed) e interferência constante nas defesas aéreas ucranianas — das quais 32 drones já foram interceptados nas últimas horas.
Impacto humanitário e condenação internacional
Autoridades e a comunidade internacional condenaram os ataques às prisões e hospitais como possíveis crimes de guerra, dado que infraestruturas civis foram deliberadamente visadas.
Esta ofensiva ocorre exatamente três anos após o histórico ataque à prisão de Olenivka, que matou mais de 50 prisioneiros ucranianos.