Internacional/Médio Oriente: Número dois do Hamas morto em ataque israelita em Beirute

O número dois do Hamas palestiniano, Saleh al-Arouri, foi morto num ataque atribuído a Israel nos arredores de Beirute. É a primeira vez, desde o início da guerra em Gaza, que Israel ataca nos arredores da capital libanesa. O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, denunciou o “crime israelita” e acusou Israel de “querer arrastar o Líbano para uma nova fase de confrontos”.

A agência noticiosa nacional libanesa anunciou que um ataque de um drone israelita atingiu um escritório do Hamas no bairro de Al-Musharrafiya, nos subúrbios do sul de Beirute (Líbano). Os ataques, que tiveram lugar na terça-feira, 2 de janeiro, mataram o número dois do movimento nacionalista e islamita, bem como três outras pessoas. “Um drone hostil israelita atingiu um escritório do Hamas em Al-Musharrafiya, perto de Al-Sharq Sweets, e várias pessoas ficaram feridas”, afirmou a agência noticiosa libanesa. Em resposta, o Hezbollah descreveu a explosão como um “assassinato seletivo” e referiu-se a ela como um “ataque com rockets”.

O Hamas confirmou na televisão a morte de Saleh al-Arouri, membro sénior do grupo armado e um dos comandantes das Brigadas al-Qassam. No seu canal Telegram, a organização, que é considerada terrorista por cerca de trinta países, afirmou que o acontecimento não iria dobrar a “resistência” nem “quebrar a vontade do nosso povo”. “Esta é a prova de que o inimigo não conseguiu atingir os seus objectivos em Gaza”, acrescentaram os representantes, segundo o diário libanês L’Orient-Le Jour.

O chefe do governo libanês pronuncia-se

Em comunicado, o Primeiro-Ministro cessante do Líbano, Najib Mikati, descreveu o ataque como “mais um crime israelita destinado a arrastar o Líbano para uma nova fase de confrontos após os contínuos ataques diários no sul, que resultaram num grande número de mártires e feridos”. “Exortamos os países envolvidos a pressionar Israel para que cesse os seus ataques. (…) Advertimos igualmente os dirigentes políticos israelitas para que não exportem os seus fracassos em Gaza para as fronteiras meridionais, a fim de imporem novos critérios e novas regras de atuação”, prosseguiu o Chefe do Governo.

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