Março: Paiol, Idai e Covid-19

Lembra-se que na tarde do dia 22 de Março de 2007, na cidade de Maputo, no bairro de Malhazine iniciaram fortes explosões provocadas pelo Paiol das Forças Armadas de Defesa de Moçambique. A explosão provocou inúmeras mortes e feridos que hoje vivem com amargas recordações.

O armazém de armamento esteve em chamas das 16 hora até por volta das 22 horas, tendo lançado para ao ar imensas chamas de fumo que remetiam a tempos de guerra.
Aquela foi a segunda explosão, dentro de 2 meses, pois, a primeira ocorreu no dia 30 de Janeiro do mesmo ano.

Importa referir que o armazém de Malhazine não é o único, pois, existe outro que está localizado no Bairro 25 de Junho, próximo ao Hospital Psiquiátrico do Infulene.

Foram mais de 70 perdas humanas dentre as quais estão as que não foram anunciadas e mais de 200 feridos que o governo prometeu indemnizar.

A Cidade ficou destruída janelas e vidros quebrados, muros partidos era o cenário que podia se ver, sem falar das pessoas que estavam cheias de medo e desnorteadas.

Em Março de 2019 um fenómeno natural de nome ciclone idai afectou as províncias de Zambézia, Sofala, Manica, Tete, Inhambane, Nampula e Cabo-Delgado e 50 distritos no total.

De acordo com os dados publicados pela UNICEF cerca de 2.5 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária e 1.3 milhão de crianças que também carecem dos mesmos serviços.  

Calcula-se que 603 pessoas morrem e 1,641 ficaram feridas. Em termos de infra-estruturas foram destruídas 223,947 casas, 93 centros de saúde e 3,504 salas de aulas deixando 335,132 alunos sem aulas.

Recursos foram mobilizados pelas autoridades competentes para alocar 160,927 pessoas.

Por consequência das águas estagnadas a cólera entra como doença oportunistas levando a morte de 8 pessoas e 6,768 doentes. A posterior registou-se a ocorrência do ciclone kenneth.

Faz um ano que sucedeu o ciclone idai, entretanto, as pessoas ainda precisam de assistência.

Em meados de Março do corrente ano entrou a mais temida doença o coronavírus, ironicamente podemos chama-la “importada”. O crítico é que quem trouxe foi uma figura do governo.

A questão que não quer calar: Como pode viajar a aquele país sabendo da existência do coronavírus?

É um facto que o covid-19 está em Moçambique assim como vários outros países de África e Europa. Agora o crucial é cumprir as medidas preventivas, pela sua vida e a de todos.

Importa referenciar que a 22 de Março comemora-se o dia mundial da água.

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Por: Pérzia Sitóe

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