Moçambique: Comité central da Frelimo reúne-se hoje e domingo na cidade da Matola

Os 250 membros do comité central da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder em Moçambique, reúnem-se hoje e domingo no primeiro encontro desde as eleições de 2019.

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O encontro do órgão máximo do partido entre congressos foi adiado desde há um ano devido às restrições para prevenção da covid-19 e é agora possível graças a um aliviar das medidas.

Na agenda oficial da reunião estão relatórios de órgãos internos sobre as vitórias eleitorais de 2018 e 2019, bem como o plano e orçamento do partido e informações sobre o Plano Quinquenal do Governo e o Plano Económico e Social de 2021.

Outros assuntos têm feito parte do debate político em Moçambique e poderão ser abordados, nomeadamente o impacto da covid-19 e a situação de segurança no norte, em Cabo Delgado, e no centro do país.

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“Neste momento, o foco dos membros da Frelimo é discutir as dinâmicas de desenvolvimento do país para aprimorar e melhorar a vida do nosso povo”, afirmou, no início da semana, o porta-voz do partido, Caifadine Manasse.

O responsável disse que o debate sobre a sucessão de Filipe Nyusi, líder do partido e chefe de Estado no segundo e último mandato (as eleições são em 2024), será feito pelos órgãos competentes da organização em momento oportuno.

Moçambique vive um conflito no norte em que grupos armados aterrorizam Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico, numa onda de violência que já provocou mais de 2.500 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e 714.000 deslocados, de acordo com o Governo moçambicano.

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A petrolífera Total abandonou por tempo indeterminado o projeto de gás na região com início de produção previsto para 2024 e no qual estão ancoradas muitas das expectativas de crescimento económico de Moçambique na próxima década.

Na região centro, a Junta Militar, movimento dissidente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), é apontada pelas autoridades como responsável por ataques armados que já provocaram a morte de pelo menos 30 pessoas desde 2019 em estradas e povoações das províncias de Manica e Sofala, centro de Moçambique.

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