O antigo basquetebolista congolês Dikembe Mutombo, que jogou vinte épocas na NBA, morreu de cancro aos 58 anos, anunciou esta segunda-feira a Liga Norte-Americana de Basquetebol.

Pivot muito alto (2,18 m), foi oito vezes All Star nos anos 90 e 2000, sobretudo pelas suas qualidades defensivas. Foi eleito quatro vezes o melhor defensor do ano, três vezes o melhor contra-atacante e duas vezes o melhor recuperador. Nascido em Kinshasa, Mutombo participou em duas finais, em 2001 com os Philadelphia e em 2003 com os San Antonio, mas nunca ganhou o título.

“Mount Mutombo jogou em oito equipas da NBA numa carreira que começou em 1991 em Denver e terminou em Houston em 2009, aos 43 anos.

Durante a sua carreira, o pivô de 2,18 m, nascido na República Democrática do Congo, ganhou quatro vezes o prémio de Defensor do Ano da NBA (1995, 1997, 1998 e 2001), um recorde que detém juntamente com Ben Wallace e o francês Rudy Gobert.

Selecionado pelo Denver Nuggets em quarto lugar no draft de 1991 da NBA, Mutombo jogou pela franquia do Colorado até 1996. Depois, passou pelo Atlanta Hawks (1996-2001), Philadelphia Sixers (2001-2002), New Jersey Nets (2002-2003) e New York Knicks (2003-2004), antes de encerrar a carreira no Houston Rockets (2004-2009).

Embora o título da NBA sempre lhe tenha escapado, participou em duas finais, em 2001 com Philadelphia (perdeu para os Los Angeles Lakers) e em 2003 com New Jersey (perdeu para os San Antonio Spurs). Foi introduzido no Hall of Fame da NBA em 2015, sete anos antes do anúncio do seu cancro, em outubro de 2022.

Fora do campo, trabalhou também para ajudar os mais desfavorecidos e desenvolver o basquetebol africano. “Ele dedicou o seu coração e a sua alma a ajudar os outros”, elogiou o presidente da NBA, Adam Silver, num comunicado. “Não havia ninguém mais qualificado do que Dikembe para se tornar o primeiro embaixador mundial da NBA. Ele era um humanitário de coração. Adorava o que o basquetebol podia fazer para ter um impacto positivo nas comunidades, especialmente na sua terra natal, a República Democrática do Congo, e em todo o continente africano.”