As audiências do julgamento do processo principal das dívidas ocultas estão suspensas a partir de ontem e até 06 de janeiro, devido a quatro casos de covid-19 na equipa de advogados de defesa, anunciou o juiz, Efigénio Baptista.
Baptista decidiu interromper o julgamento, a requerimento da magistrada do Ministério Público, Sheila Marrengula, que pediu que fosse permitido o cumprimento de 14 dias de quarentena para todos os contactos dos advogados infetados pelo coronavírus.
O tribunal tomou conhecimento da existência de um caso positivo na equipa de advogados de defesa na quinta-feira, mas manteve o julgamento na sexta-feira, medida contestada pelos causídicos, tendo vários faltado à sessão desse dia.
As audiências são suspensas quando o Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, que julga o caso, interrogava declarantes, após ter esgotado o interrogatório dos 19 réus.
Na barra do tribunal estão sentados os 19 suspeitos acusados pela justiça moçambicana de se terem associado em « quadrilha » e delapidado o Estado moçambicano em 2,7 mil milhões de dólares (2,28 mil milhões de euros) – valor apontado pela procuradoria e superior aos 2,2 mil milhões de dólares até agora conhecidos no caso – angariados junto de bancos internacionais através de garantias prestadas pelo Governo.