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Moçambique/Economia: Por que Moçambique continua entre os piores destinos para investimento mineiro no mundo?

Apesar do vasto potencial mineral, o país permanece no fundo do ranking global de atratividade, segundo o mais recente relatório do Fraser Institute

Moçambique foi classificado entre as dez jurisdições menos atrativas do mundo para o investimento no setor mineiro, de acordo com o Annual Survey of Mining Companies 2025, publicado pelo Fraser Institute, um dos principais think tanks canadianos especializados em políticas públicas e economia de recursos naturais.

A informação foi avançada esta quarta-feira, 20 de julho, pelo portal Engineering News.

O país encontra-se no fundo do Índice de Atratividade para Investimento, partilhando o grupo das jurisdições menos competitivas com Etiópia (última classificada), Suriname, Níger, Madagáscar, Bolívia, República Dominicana, Guiné-Conacri, Nova Escócia (Canadá) e o estado do Minnesota (EUA).

Segundo o relatório, África foi a região com pior desempenho global, com cinco países africanos entre os dez últimos do ranking. América Latina surge logo depois com três jurisdições, e ainda há representantes do Canadá e dos Estados Unidos na lista.

Baseado em inquéritos a executivos da indústria mineira e de exploração em 82 jurisdições, o estudo avalia não só o potencial geológico, mas também fatores como estabilidade política, segurança jurídica, previsibilidade regulatória e políticas fiscais. O relatório é amplamente consultado por investidores internacionais para decisões estratégicas no setor extrativo.

Queda na percepção internacional

A posição de Moçambique nos últimos lugares do ranking reflete uma combinação de fatores que reduzem a confiança dos investidores. Entre os problemas destacados estão as incertezas regulatórias, disputas fundiárias, desafios logísticos e riscos de segurança.

Embora o país possua vastos recursos minerais e potencial para projetos de larga escala, a percepção internacional aponta para um ambiente político e institucional ainda frágil e imprevisível.

O relatório sublinha que “um regime regulatório sólido e previsível, aliado a políticas fiscais competitivas, torna uma jurisdição atrativa para os investidores”. No entanto, no caso de Moçambique, há preocupações com a duplicação de processos administrativos, inconsistência na aplicação da legislação e baixa capacidade institucional, o que continua a afastar potenciais investimentos.

A diretora do Centro de Estudos de Recursos Naturais do Fraser Institute, Elmira Aliakbari, destacou que “a simples existência de depósitos minerais não é suficiente para atrair investimento”.

“A estabilidade das regras do jogo e o respeito pelos contratos são elementos cruciais para melhorar a reputação internacional do país neste setor”, concluiu.

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