Em Moçambique, a Confederação das Associações Económicas de Moçambique quer do banco de Moçambique uma maior clareza nos mecanismos de acesso à linha de financiamento aberta para ajudar as empresas em tempos de crise provocada pela pandemia de Covid-19.
Em conferência de imprensa, o Presidente do Pelouro para a Política Fiscal da CTA, Bernardo Cumaio, revelou a que o momento é de sufoco apelando também ao governo para rever em baixa os preços dos combustíveis com vista a aliviar o aperto dos transportadores bem como o pagamento da tarifa da luz e da água do empresariado.
«A CTA considera que estes sinais de propagação desta pandemia têm representado grandes desafios que impedem a fluidez dos negócios e a geração de fluxos de caixa suficientes para manter o funcionamento do sector empresarial, representado até ao momento na suspensão das actividades económicas de 364 empresas e afectando mais de 10 mil postos de trabalho, principalmente no sector da padaria e da restauração», começou por afirmar Bernardo Cumaio.
O Presidente do Pelouro para a Política Fiscal da CTA frisou que as empresas estão com dificuldades: «De uma forma geral, segundo constatamos, as empresas estão neste momento a funcionar em apenas 25% do seu potencial, o que significa um abrandamento substancial do nível de actividade produtiva e pode afectar significativamente o crescimento da economia e a estabilidade dos postos de trabalho», assegurou o dirigente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique.
Bernardo Cumaio também pediu uma maior clareza sobre os mecanismos de acesso à linha de financiamento: «A linha de financiamento de 500 milhões de dólares criada com o objectivo de assegurar maiores disponibilidades de devisas do mercado e responder às necessidades de importação (…) de produtores essenciais, para mitigação e combate aos efeitos negativos do Covid-19, não está a surtir os efeitos desejados», concluiu o Presidente do Pelouro para a Política Fiscal da CTA.