O ex-director da secreta começou a ser ouvido esta segunda-feira em Maputo, no caso das dívidas ocultas. Gregório Leão é acusado de ter cometido 7 crimes, nomeadamente abuso de cargo ou função, peculato, falsificação de outros documentos, abuso de confiança, corrupção passiva para ato ilícito, associação para delinquir e branqueamento de capitais.
O Tribunal Judicial da cidade de Maputo começou a interrogar na segunda-feira, 27 de Setembro , o antigo director-geral do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE) Gregório Leão José, no seguimento do julgamento sobre o caso dívidas ocultas.
Gregório Leão é acusado de ter cometido 7 crimes, nomeadamente abuso de cargo ou função, peculato, falsificação de outros documentos, abuso de confiança, corrupção passiva para ato ilícito, associação para delinquir e branqueamento de capitais.
A acusação refere que Gregório Leão e a esposa Ângela Leão, também acusada neste processo, beneficiaram de cerca de 10 milhões e 400 mil euros em subornos pagos pelo Grupo Privinvest.
O ex-diretor da secreta, o décimo oitavo e penúltimo réu a ser ouvido pelo tribunal, no âmbito do caso das dívidas ocultas,negou as acusações, defendendo, porém, a importância do projeto de Protecção da Zona Económica Exclusiva de Moçambique .
“Nós tínhamos um problema de segurança que tínhamos que resolver. Nós estávamos a cumprir uma agenda que era um comando. Uma directiva de criação de uma unidade de inteligência económica. Directiva que veio também a ser consolidada pelo actual comandante em chefe“,segundo Gregório Leão
O réu volta a ser ouvido amanhã, terça-feira, pela sexta secção do Tribunal Judicial de Maputo no âmbito do julgamento do caso das dívidas ocultas. O escândalo das dívidas ocultas lesou o Estado moçambicano em cerca de 1,7 mil milhões de euros, entre 2011 e 2014, o último mandato de Armando Guebuza enquanto Presidente da República de Moçambique.