O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, vai reunir-se ainda neste mês de maio com o chefe de Estado da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e outros líderes regionais para dizer se aceita ou não uma intervenção militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla inglesa) na província moçambicana de Cabo Delgado, com o objetivo de enfrentar a crescente insurgência islâmica.
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Peritos militares da SADC já elaboraram em abril um plano para uma força da SADC de quase 3.000 soldados, armados com helicópteros e navios de guerra, para derrotar e desalojar a insurgência afiliada ao Estado Islâmico.
Os presidentes da troika do órgão de segurança da SADC, composta pelo Botsuana, África do Sul e Zimbabué, deviam ter tido um encontro com Nyusi numa cimeira em Maputo a 29 de abril para analisarem o plano de intervenção. No entanto, essa reunião acabou por ser adiada indefinidamente.
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O motivo ter-se-á devido ao facto de Ramaphosa se ter, nessa altura, apresentando perante a Comissão Zondo e o presidente do Botsuana, Mokgweetsi Masisi, ter sido colocado em quarentena devido à Covid-19.
Ramaphosa encontrou-se com Nyusi à margem da cúpula do Presidente francês, Emmanuel Macron, em Paris sobre o refinanciamento das economias africanas. Ambos propuseram uma data para a cimeira adiada da troika do órgão de segurança da SADC.