ONG alemã contra armas em Angola

O Presidente angolano, João Lourenço, reafirmou o interesse em barcos-patrulha. Entretanto, a ONG alemã, Pão para o Mundo, afirma que Alemanha não devia fornecer armas a Angola.

Tal sucede durante a visita da chanceler alemã a Luanda, na sexta-feira (07.02), numa altura em que os dois países prevêem assinar um acordo económico.

Existe pouco mais de 20 empresas em Angola e considera-se que o comércio bilateral é pequeno havendo espaço para massividade como consequência de parcerias.

A ONG alemã, Pão para o Mundo pede que Governo e empresários sejam cautelosos ao investirem no país.

Segundo Petra Aschoff, responsável do Programa África Lusófona da organização não-governamental alemã Pão para o Mundo, o Berlim deve ter em mente o respeito às leis angolanas e convenções internacionais para garantir que possíveis investimentos alemães não voltem a beneficiar apenas as elites angolanas.

“Tem realmente de pesquisar quem está por trás de determinada empresa, quais são os doadores dessa empresa, quais são as leis angolanas, quais são as leis internacionais que possivelmente podem vir a ser violadas”, recomenda.

” A obrigação de antes de assinar os contractos, saber quem está por trás de uma empresa é muito importante. E não dizer, depois de dois anos, como é o caso da Krones AG agora, finalmente vimos que a Isabel dos Santos está por trás da empresa'”, avalia.

Informação que veio a tona com o escândalo “Luanda Leaks”. Segundo empresa alemã, dinheiro do público alemão teria ajudado a enriquecer a empresária angolana.

A visita da Chanceler Ângela Merkel a Angola esta inserida no âmbito das relações políticas e económicas bilaterais. As reformas económicas e o combate à corrupção promovidos pelo Presidente angolano, João Lourenço, são valorizados pelo Governo alemão.

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