Moçambique: 700 quilos de metanfetaminas apreendidas num autocarro com destino a Maputo

Mais de 700 quilos do que se presume ser metanfetamina foram apreendidos num veículo de passageiros na Gorongosa. Província de Sofala, na segunda-feira passada.

O porta-voz da polícia de Sofala, Daniel Macuacua, disse à imprensa, falando na cidade da Beira, que a apreensão teve lugar num posto de controlo, onde o autocarro foi revistado e foram encontrados 16 sacos contendo mais de 700 quilos de drogas.

A polícia acredita que as metanfetaminas apreendidas se destinavam à província de Maputo.

“A droga apreendida estava a ser transportada do distrito de Namacurra [província da Zambézia]. A investigação continua a determinar de onde veio [antes disso]. Queremos realmente compreender qual seria o seu destino final”, disse Macuacua.

O “verdadeiro” proprietário terá descido do autocarro em Cheringoma

O alegado proprietário da mercadoria, o motorista do autocarro e o seu cobrador de bilhetes foram presos por tráfico de droga. O autocarro estava a viajar de Nampula para Maputo e a droga foi alegadamente carregada no distrito de Namacurra, na Zambézia.

A Polícia, em parceria com o transportador, mobilizou outro autocarro para transportar os passageiros para os seus destinos, dado que estes tinham detido o motorista, o cobrador e um dos passageiros. que afirma que apenas ajudou a carregar a mercadoria.

O alegado proprietário da metanfetamina disse que não sabia que as malas continham drogas e que o “verdadeiro” proprietário tinha desembarcado durante a viagem em Cheringoma, entre os distritos de Mocuba e Caia.

“Aquibo telefonou-me e pediu para o ajudar a transportar mercadorias para Maputo. Como já tínhamos trabalhado juntos em várias ocasiões no transporte de mercadorias, eu aceitei, porque teria ganhos financeiros. Foi ele quem me deu o contacto do motorista para localizar o autocarro. Apanhei o autocarro em Mocuba e Aquibo fez o mesmo alguns quilómetros mais tarde. Quando chegámos à região de Namacurra [província da Zambézia], ele pediu ao autocarro para parar ao lado de um carro que continha a mercadoria e carregámos as malas”, disse o detido.

“Aquibo saiu do autocarro cerca de 200 quilómetros mais tarde, na região de Ndoro, distrito de Cheringoma e continuou [a sua viagem] para Maputo num veículo privado”, acrescentou ele.

O motorista e o cobrador declararam que não sabiam que os bens eram drogas. Cobraram 15.000 meticais por cada um dos 16 sacos que continham a droga, o que totalizaria 240.000 meticais, um montante que leva a polícia a suspeitar que eles sabiam o que transportavam.

“Numa interacção com outros transportadores, percebemos que a quantia que estavam a cobrar por saco não é o que é praticável. A investigação continua a determinar a origem da droga e a prender os proprietários. Os transportadores devem ser sempre prudentes, procurando sempre os proprietários das mercadorias para identificar a carga que transportam e esclarecer o destino da mesma”, exortou Daniel Macuácua, porta-voz da PRM.

A Droga foi incinerada pelo SERNIC no mesmo dia em que foi apresentada ao público.

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