“Pedir às pessoas para ficarem em casa” – OMS

A Organização Mundial de Saúde (OMS) pede aos países que implementaram medidas de isolamento para agora atacarem o coronavírus.

Depois de vários países no globo terem implementado nas últimas semanas uma série de medidas de isolamento e de quarentena para enfrentarem e tentarem travar a propagação da pandemia de coronavírus, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que está na altura de aproveitarem essas medidas restritivas para atacarem o vírus.

“Pedir às pessoas para ficarem em casa e interromper o movimento da população é ganhar tempo e reduzir a pressão nos sistemas de saúde. Mas por si só, estas medidas não extinguir a epidemia”, começou por dizer Tedros Adhanom Ghebreyesus na conferência de imprensa diária da OMS.

“O objectivo destas acções é viabilizar as medidas mais precisas que são necessárias para parar a transmissão do vírus e salvar vidas. Pedimos a todos os países que implementaram estas chamadas medidas de isolamento para usarem este tempo para atacarem o coronavírus. Criaram uma segunda janela de oportunidade. Como vão usá-la?”, declarou o diretor-geral da OMS.

E a autoridade de saúde mundial deixa algumas sugestões do que os governos e as autoridades de saúde nacionais poderão fazer nesta fase, e que incluem expandir e treinar a força de profissionais de saúde, implementar um sistema que permita detectar todos os casos suspeitos a nível comunitário, aumentar a produção e a capacidade de testes e recentrar totalmente os governos na supressão e controlo desta pandemia.

A OMS colocou-se ainda ao lado de António Guterres que pediu um cessar-fogo global e apelou à união contra um inimigo comum, a Covid-19. “Enfrentamos todos uma ameaça comum, e a única forma de derrotá-la é juntando-nos como uma só humanidade”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, que foi realista na avaliação das consequências desta pandemia.

“Já superámos muitas pandemias e crises anteriormente. Também vamos superar esta. A questão é quão grande será o preço a pagar”, sublinhou o responsável da OMS.

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