Vindo diretamente da Ásia, o minimalismo é agora cada vez mais apreciado pelas pessoas que procuram simplificar o seu estilo de vida. Como uma filosofia, este movimento tem como objetivo ajudar-nos a alcançar a felicidade através de um simples lema: “viver melhor com menos”. Um princípio simples no papel, mas como pô-lo em prática? Aqui ficam algumas dicas e conselhos que podem ajudar.

Neste contexto de consumo excessivo em que a publicidade impera, muitas pessoas recorrem a este movimento para aprender a desapegar-se das coisas materiais, a criar espaço físico (e mental) ou a adotar um modo de consumo mais responsável para o bem do nosso planeta.

De acordo com Fumio Sasaki, autor de O essencial e nada mais, “o minimalismo é um estilo de vida em que se limita o que se possui ao mínimo absoluto necessário para viver”. Trata-se de recuperar o controlo da sua mente, livrando-se de coisas supérfluas, tanto materiais como relacionais.

É um processo de desarrumação que permite contentarmo-nos com o essencial, encontrando a felicidade no que já temos, na simplicidade. Muito para além dos bens materiais, incentiva a auto-aceitação e a autoestima, sem artifícios.

A adoção de um estilo de vida minimalista começa com a redução do consumo. Em vez de se esbanjar na última moda publicitária, é melhor aproveitar ao máximo o que já tem. Evite, deite fora e recuse toda a publicidade que o incite a comprar algo de que não precisa realmente. Uma boa forma de o fazer é colocar a si próprio a seguinte questão: “Preciso mesmo disto? Ou é para combater o tédio, o stress ou qualquer outra emoção que quero comprar este produto?

Acabou-se o consumo excessivo! Viver melhor com menos significa que pode reduzir consideravelmente os seus resíduos, desenvolvendo a sua consciência ecológica, para o bem do nosso ambiente e do nosso planeta. Mas viver melhor com menos também passa pelas nossas relações. Para isso, podemos adaptar a pergunta anterior: “Esta é uma relação que me faz plenamente feliz? Ou é uma relação que mantenho por hábito?

O minimalismo visa melhorar o nosso contacto com os outros. É um movimento baseado na interação com os que nos rodeiam e na partilha. A Internet tornou certamente mais fácil a ligação com o mundo inteiro, mas também levou a um declínio das relações humanas reais.

Mudar a forma como consumimos e tornarmo-nos mais leves, tanto física como mentalmente, tem muitos benefícios.
Como seria de esperar, comprar menos mas de melhor qualidade significa poupanças consideráveis! Todo o dinheiro que costumava gastar em coisas de que não precisava pode finalmente ser investido em projectos mais importantes para si, como as tarefas domésticas, que demoram muito menos tempo quando se mantém apenas o essencial. Menos loiça para lavar, menos bugigangas para limpar durante a limpeza semanal, menos roupa para lavar… é uma verdadeira poupança de tempo!

Da mesma forma, as horas de montras são substituídas por sessões de compras muito mais rápidas porque sabe do que precisa.

Ao agarrarmo-nos a relações ou a bens materiais não essenciais, desenvolvemos stress por medo de os perder. Ao adotar um estilo de vida minimalista, perdemos o apego a estas coisas para adquirir um espírito mais pacífico.

Um minimalista trabalha para viver, e não o contrário. Desde que tenha o dinheiro necessário para satisfazer as suas necessidades básicas, pode aproveitar o tempo que lhe resta para se divertir, com as pessoas que o rodeiam e com os projectos que lhe são caros.