Foram detidos Ronaldinho Gaúcho, o ex-jogador e seu irmão, Assis Moreira, na noite desta quarta-feira (4), por portar passaportes falsos, segundo a Polícia Nacional.
Segundo o Ministério do Interior do Paraguai, durante busca da Polícia Nacional na suíte em que o ex-atleta está hospedado foram encontrados documentos adulterados.
Ronaldinho e o irmão não foram levados para uma delegacia. Eles encontram-se retidos no hotel Yatchy Golf Clube, segundo a imprensa Paraguai, e têm audiência marcada nesta quinta-feira (5) com representantes do Ministério Público local.
Em 2018, Ronaldinho e o irmão tiveram os passaportes apreendidos por não cumprirem sentença que os condenava a pagar indemnização por danos ambientais causados em área de preservação em Porto Alegre. O valor passava de R$ 8,5 milhões.
Em 2019, o ex-jogador foi nomeado embaixador do turismo brasileiro pelo governo federal mesmo tendo os passaportes brasileiro e espanhol retidos pela Justiça e sendo proibido de renovar os documentos.
« a minha missão é recuperar nossa imagem internacionalmente”, disse o ex-jogador na página oficial da Embratur. Ele, no entanto, não poderia viajar para países que exijam passaporte.
A apreensão dos passaportes de Ronaldinho e Assis foi determinada em Novembro do ano passado, como forma de obrigar a família a pagar uma indemnização que passava de R$ 8,5 milhões. O valor, actualizado no ano passado, estava em R$ 9,5 milhões.
A defesa do ex-jogador recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), que, no último dia 2, manteve a decisão.
Ronaldinho Gaúcho defendeu, entre outros times, Barcelona, Milan, Paris Saint-Germain, Grêmio, Flamengo e Atlético-MG. Foi campeão mundial pela Selecção Brasileira em 2002 e eleito melhor jogador do mundo duas vezes em 2004 e 2005.
Por: Pérzia Sitóe