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Saúde: Homem Sobrevive a Infestação Ocular Rara, Parasita Vivo Retirado em Cirurgia de Alto Risco

Descoberta surpreendente e repugnante deixa médicos perplexos e alerta para risco de infecções raras

Durante oito longos meses, um homem de 35 anos viveu um verdadeiro calvário ocular. A visão degradava-se, o olho esquerdo permanecia constantemente vermelho e irritado, mas a origem do problema era inimaginável: um parasita vivo alojado dentro do globo ocular. O diagnóstico, revelado pelo New England Journal of Medicine, surpreendeu até os especialistas mais experientes.

Uma descoberta… viva

À observação, os sinais eram alarmantes: olho injetado de sangue, inflamação severa, pupila dilatada e visão reduzida para 20/80. Mas foi o exame direto dentro do globo ocular que chocou os médicos: um pequeno verme movia-se lentamente no gel vítreo, aparentemente vivendo ali « à sua vontade », segundo os especialistas.

O intruso foi identificado como Gnathostoma spinigerum, um parasita raro que normalmente causa lesões cutâneas benignas, mas que, em casos raros, pode atingir órgãos vitais, incluindo os olhos, trazendo graves consequências para o paciente.

Cirurgia ocular de alto risco

Para salvar a visão do homem, os cirurgiões realizaram uma vitrectomia à pars plana, procedimento delicado que remove parte do gel vítreo através de pequenas incisões na esclera (parte branca do olho). A operação exigiu precisão extrema, pois o parasita, longo e fino, ainda se contorcia no momento da extração.

O exame microscópico confirmou a espécie graças à cabeça bulbosa, intestinos desenvolvidos e cutícula espessa. Após a cirurgia, o paciente seguiu tratamento com corticosteroides e antiparasitários, incluindo albendazol durante 21 dias. A inflamação reduziu em oito semanas, mas a operação deixou catarata, uma complicação comum pós-vitrectomia, causando sequelas visuais.

Infecção rara e evitável

O Gnathostoma spinigerum é endémico na Ásia e América Latina, infetando principalmente gatos e cães, cujas fezes disseminam os ovos na água. Após passagem por crustáceos microscópicos, peixes ou rãs, o parasita pode atingir o ser humano através do consumo de carne crua ou mal cozida.

Nos humanos, as larvas podem migrar pelo corpo, normalmente causando nódulos vermelhos e dolorosos na pele, mas também atingindo pulmões, sistema nervoso, cérebro ou olhos, com consequências potencialmente irreversíveis. Desde 1889, foram reportados cerca de 5.000 casos de gnathostomíase mundialmente. Em Portugal e França, a doença é extremamente rara, afetando sobretudo viajantes provenientes de regiões de risco.

O alerta é claro: evitar consumo de carne ou peixe cru em áreas endémicas é a medida mais segura para prevenir esta infecção que, embora rara, pode ter efeitos devastadores.

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