O Serviço Nacional Penitenciário (SERNAP) estabeleceu como meta, na campanha agrária 2020/21, produzir 12.496 toneladas de culturas diversas, numa área cultivada de 4.650 hectares, com o objectivo de garantir a segurança alimentar e nutricional.
A produção será feita nas penitenciárias regionais abertas de Manica, Nampula e Gaza, bem como nas cadeias provinciais da Zambézia e Nampula, com o relançamento da produção animal, privilegiando o gado bovino e caprino, e a introdução de espécies melhoradas onde estará incluída a avicultura e a piscicultura.
Segundo escreve o jornal Notícias, Moçambique tem uma população presidiária de 18.500 indivíduos, entre condenados e em prisão preventiva.
“A ideia é produzir e embalar os nossos produtos que deverão passar a ostentar a marca SERNAP, e torná-los preferenciais das famílias moçambicanas pela qualidade e excelência”, disse a ministra da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Helena Kida.
De acordo com o jornal Notícias, a ministra falava sexta-feira (23), durante a visita que efectuou ao Centro Penitenciário Aberto de Cagole, no distrito de Báruè, província central de Manica.
“É neste contexto que devemos ter em conta a investigação aplicada à extensão agrária, o financiamento à produção, a comercialização, a agro-indústria, recorrendo a parcerias multifacetadas. As unidades penitenciárias não podem estar de fora nesta actividade que deve ser prioridade para alavancar a nossa economia”, referiu a ministra.
Segundo a fonte que temos vindo a citar, o projecto “Produzir, Consumir e Comercializar” materializa a missão do SERNAP de reabilitar e promover a sustentabilidade e a qualidade da dieta nutricional dos reclusos.
“A iniciativa ganha maior ímpeto na redução da ociosidade dos condenados, massificando o seu envolvimento para o aumento do conhecimento do saber-fazer nos estabelecimentos penitenciários”, vincou a ministra.
Por: Folha de Maputo