Sem preliminares, uma série de posições à velocidade da luz, insultos ou asfixia… devido à banalização dos filmes pornográficos, estas práticas convidam-se cada vez mais à nossa intimidade… e sem terem sido convidadas

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As 10 práticas herdadas da pornografia… para evitar

• Penetração sem preparação. O mínimo que se pode dizer é que na pornografia, os actores vão directamente ao ponto sem tentar driblar. “Este é o próprio exemplo de uma má prática”, detalha Céline Croizé, “porque representa uma sexualidade muito masculina e não uma relação de partilha. Os homens que querem este tipo de coisas estão numa espécie de desempenho de acordo com a nossa sociedade actual. Não levam tempo a abrandar, a cuidar da outra pessoa, ao passo que os preliminares são essenciais. Recordamos-lhe: quando se diz penetração, diz-se lubrificação!

• A sequência frenética de posições. Sobre a mesa, na cama, contra a janela, de um lado, depois do outro… É difícil de acompanhar! Os homens que mudam frequentemente de posição são frequentemente motivados pela ideia de mostrar a sua capacidade e conhecimento do Kamasutra devido a esta imagem veiculada em filmes pornográficos. No entanto, uma mulher leva frequentemente mais tempo do que um homem a ter prazer, por isso tem de levar o seu tempo, ouvir as suas reacções e entrar em sintonia com ela para que possam acordar em conjunto o ritmo e as posições. É preciso ouvir o parceiro que se tem na cama, não aqueles que fingem em frente de uma câmara.

• Qualquer coisa que seja estrangulamento, asfixia, ou amordaçamento. E especialmente perturbador, especialmente quando se diz não, não, e não novamente.

• Garganta profunda. Para muitas mulheres, esta prática de enfiar o pénis tanto quanto possível na boca do seu parceiro não tem outro efeito senão o de a fazer vomitar. Profundamente perturbador.
  
• Ejaculação facial. Até prova em contrário, o sémen não substitui o nosso creme ou condicionador de noite.

• Arrancamento de cabelo. E, infelizmente, puxar o nosso cabelo ao ponto de o escalpelizar ainda não o faz crescer.

• Cunnilingus engouliticus. Ou seja, a forma como os actores porno devoram o sexo do seu parceiro como se não tivessem comido em seis meses e sem avisar que puseram a mesa.

• Sodomia a todo o custo. Se a penetração anal continua a ser uma fantasia para muitos homens, no cinema, é uma realidade completamente banalizada, ao ponto de os actores passarem da penetração vaginal para a anal sem se preocuparem com nada. Na vida, é diferente:

• Insultos. Antes de lançar no “queres que eu faça *!”, é melhor tentar: “Pequena malandra, vai!” para medir a temperatura.

• Bofetadas. Tal como espancar, alguns podem gostar de receber e dar, mas é preciso discuti-lo primeiro.