II Cimeira Rússia-África: O presidente Filipe Nyusi quer impulsionar cooperação económica com a Rússia

O presidente, Filipe Nyusi, incentivou a um « maior investimento empresarial » de forma a « impulsionar » a cooperação económica com a Rússia, após se reunir em São Petersburgo com o seu homólogo russo, Vladimir Putin.

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« Reuni-me esta tarde em São Petersburgo com o Presidente Putin, onde trocamos informações sobre a situação nos nossos dois países e o estágio da nossa cooperação bilateral. Incentivamos maior investimento empresarial para impulsionar a cooperação económica de modo a sustentar com ações concretas as relações de amizade, num ambiente de respeito mútuo », escreveu Filipe Nyusi, numa mensagem na sua conta oficial na rede social Facebook.

« Para este fim apoiamos o incremento das trocas comercias e intercâmbios empresariais bem como a necessidade de concretizar os instrumentos de cooperação existentes », afirmou ainda.

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O chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, realiza de quinta até sábado uma « visita de trabalho » à Federação Russa, a convite do homólogo russo, Vladimir Putin, divulgou a Presidência da República, em comunicado.

Nesta visita, o Presidente moçambicano participou ontem, na II Cimeira Rússia-África, a decorrer em São Petersburgo, sob o lema « Em prol da Paz, Segurança e Desenvolvimento ».

« No prosseguimento da minha agenda de trabalho na Federação da Rússia, ainda no fim desta manhã participei na abertura do Fórum Económico e Humanitário, que visa impulsionar aspetos de economia e fazer face aos desafios humanitários », descreveu Filipe Nyusi, na sua mensagem.

« A participação do Presidente Nyusi nesta cimeira tem em vista o reforço das relações de amizade, solidariedade e cooperação entre a Rússia e o continente africano em vários domínios de interesse mútuo, bem como ao nível bilateral », de acordo com o comunicado da Presidência.

Fontes do Kremlin já tinham indicado anteriormente estar prevista uma reunião entre os chefes de Estado russo e moçambicano à margem desta cimeira.

A Lusa avançou na quarta-feira que o Presidente moçambicano era um dos chefes de Estado presentes na cimeira Rússia-África. Anteriormente, analistas moçambicanos consideraram que o encontro entre os presidentes de Moçambique e da Rússia vai servir para reafirmar a neutralidade do país no conflito russo-ucraniano, além de reforçar a cooperação bilateral.

Os Presidentes de Moçambique, Comores, Zimbabué, Burundi, Eritreia e Uganda tinham previstos encontros com o chefe de Estado russo, à margem da cimeira, anunciou a imprensa russa.

A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder desde a independência) foi um aliado de Moscovo durante o tempo da ex-URSS, tendo recebido apoio militar durante a luta contra o colonialismo português e ajuda económica depois da independência, em 1975.

O Presidente russo vai receber para esta cimeira os representantes de 49 dos 54 países africanos, incluindo 17 chefes de Estado, depois de criticar aquilo que chamou de « pressões sem precedentes » por parte dos Estados Unidos e de França para os países africanos não participarem.

Espera-se desta segunda cimeira que a Rússia e os países africanos assinem um « plano de ação até 2026 » e uma série de documentos bilaterais, como anunciou o Kremlin, tentando que a relação vá além dos acordos na área da defesa e venda de armas, que resumem, na maioria dos casos, até hoje a relação de Moscovo com África.

Contudo, para Moscovo, o mais importante, segundo analistas internacionais ouvidos pela Lusa, é mostrar um entendimento com os Estados africanos, apesar do conflito na Ucrânia, que alguns condenaram na ONU, e do fim do acordo dos cereais.

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