A Coreia do Norte reafirmou esta quinta-feira a “solidez absoluta” da sua aliança com a Rússia, ao assinalar o primeiro aniversário da assinatura do tratado bilateral de defesa entre os dois países. A declaração foi feita através do jornal estatal Rodong Sinmun, órgão oficial do Partido dos Trabalhadores.

Segundo a publicação, o tratado de parceria estratégica global, assinado a 19 de junho de 2023 em Pyongyang entre o líder norte-coreano Kim Jong Un e o presidente russo Vladimir Putin, marca “um novo capítulo na amizade” entre os dois Estados. O acordo prevê assistência militar mútua em caso de agressão armada.

O jornal destacou ainda que a cooperação militar já se materializou no envio de cerca de 14 000 soldados norte-coreanos para apoiar a Rússia na guerra contra a Ucrânia, entre outubro de 2023 e fevereiro de 2024. Esse apoio, segundo o Rodong Sinmun, constitui a “implementação mais exemplar” do tratado de defesa.

“É uma posição inabalável dos povos dos dois países fortalecer a amizade militante e alcançar prosperidade e bem-estar mútuos”, lê-se na publicação.

Em abril, Pyongyang confirmou publicamente pela primeira vez o envio de tropas para combater ao lado das forças russas na Ucrânia. Tanto a Coreia do Sul como agências de inteligência ocidentais corroboraram a informação, estimando o número total de militares enviados em 14 000 soldados.

Além da presença militar direta, a Coreia do Norte planeia ainda o envio de 1 000 sapeiros e 5 000 operários militares para participar em ações de desminagem e reconstrução de infraestruturas na região russa de Kursk, segundo revelou o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Serguei Choigu.

O encontro de Choigu com Kim Jong Un na última terça-feira marcou a sua terceira visita a Pyongyang desde março, reforçando os laços estratégicos entre os dois países.

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