As principais potências mundiais expressaram forte preocupação após os Estados Unidos terem atacado, no domingo, instalações nucleares iranianas, alinhando-se militarmente com Israel no conflito com a República Islâmica.
Irão promete retaliação total
O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, classificou a operação como “escandalosa” e advertiu para “consequências eternas”. Araghchi acusou Washington de adotar um “comportamento criminoso e anárquico” e afirmou que o Irão se defenderá “por todos os meios necessários”.
Acusando os EUA de ultrapassarem todas as linhas vermelhas, o ministro destacou que a mais grave foi a de sábado à noite, com o ataque direto às instalações nucleares. Os Guardas da Revolução, braço militar ideológico do regime iraniano, ameaçaram com retaliações severas.
A Organização de Energia Atómica do Irão qualificou a ação como “bárbara” e prometeu que “os complôs malévolos não travarão o desenvolvimento” do programa nuclear.
Israel saúda decisão « audaciosa »
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, agradeceu ao ex-presidente Donald Trump, afirmando que “a decisão audaciosa de atacar as instalações nucleares do Irão mudará a História”.
Moscovo fala em violação grave do direito internacional
A Rússia condenou firmemente os ataques, chamando-os de “irresponsáveis”. A diplomacia russa sublinhou que os bombardeamentos violam “flagrantemente o direito internacional”.
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Comprar um espaço para minha empresa.ONU e UE apelam à contenção
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, classificou o ataque como uma “escalada perigosa” e um risco direto à paz mundial.
A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, instou todas as partes a recuarem e retomarem as negociações, alertando que o Irão não deve desenvolver armamento nuclear. Os ministros europeus irão debater a situação com urgência.
Vaticano e potências ocidentais pedem paz
O Papa Leão XIV declarou que “a humanidade clama por paz” perante as notícias vindas do Médio Oriente. A França expressou “preocupação” e apelou à “contenção máxima”, esclarecendo não ter participado nos ataques. Já o Reino Unido, pela voz de Keir Starmer, defendeu que o Irão deve “regressar à mesa das negociações”.
Países do Golfo e vizinhos preocupados
Arábia Saudita, Turquia e Omã manifestaram “profunda preocupação” com os ataques. Omã classificou a ofensiva como uma “agressão ilegal” e pediu uma desescalada imediata.
Paquistão e Índia apelam à paz
O Paquistão, aliado dos EUA, considerou que “o Irão tem o direito legítimo à autodefesa”. A Índia, potência nuclear, instou ao fim imediato da escalada, num contacto direto entre Narendra Modi e o presidente iraniano Massoud Pezeshkian.
Coreia do Norte condena duramente os EUA
A Coreia do Norte acusou Washington de violar a Carta das Nações Unidas ao atingir a soberania iraniana.
Austrália apoia os ataques com reservas
A ministra dos Negócios Estrangeiros australiana, Penny Wong, declarou que o Irão “não pode ser autorizado a possuir uma arma nuclear”, mas apelou à “diplomacia e diálogo”.
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Anuncie aqui: clique já!Alemanha propõe negociações com EUA e Israel
O chanceler Friedrich Merz pediu ao Irão que inicie negociações imediatas com os Estados Unidos e Israel, propondo uma solução diplomática para o conflito.
Cruz Vermelha teme consequências irreversíveis
A presidente do Comité Internacional da Cruz Vermelha, Mirjana Spoljaric, alertou para o risco de uma guerra de “consequências irreversíveis”.
Grupos aliados do Irão anunciam retaliações
Os rebeldes houthis do Iémen, aliados de Teerão, afirmaram que os ataques são uma “declaração de guerra” e prometeram atacar navios norte-americanos no Mar Vermelho.
O Hamas, por sua vez, classificou o bombardeamento como uma “agressão criminosa” e uma violação “das convenções internacionais”.