O mais recente boletim diário da Direção Nacional de Saúde Pública, com dados de 11 de julho a 9 de agosto, confirma um total acumulado de 38 casos positivos de mpox no país, sem registo de óbitos e com 20 recuperações.
Nas últimas 24 horas, foram confirmados quatro novos casos na localidade de Lupiliche, distrito de Lago, epicentro do surto na província de Niassa, no norte do país. No mesmo período, surgiram ainda 12 casos suspeitos, elevando o total para 325 casos em investigação nas províncias de Maputo, Gaza, Tete, Manica, Nampula e Zambézia. Atualmente, 137 contactos estão sob acompanhamento das autoridades de saúde.
Até ao momento, Niassa regista 33 casos, Manica dois e a província de Maputo três. O diretor nacional de Saúde Pública apelou, na quarta-feira, à população para evitar o pânico e a desinformação, de modo a prevenir estigmas e discriminação contra as vítimas.
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Comprar um espaço para minha empresa.O Governo anunciou que Moçambique deverá receber vacinas contra a mpox em setembro, como medida preventiva para travar um possível aumento de casos. Na semana passada, foi reforçada a vigilância fronteiriça, com equipas de rastreio e testagem, para impedir a propagação da doença.
As autoridades sanitárias garantem que o país tem capacidade para responder ao surto, com 4.000 testes disponíveis e já mais de 220 realizados localmente. A mpox, identificada pela primeira vez em 1970 na República Democrática do Congo, é uma doença viral zoonótica. Desde 1 de janeiro, a África Austral já notificou 77.458 casos em 22 países, resultando em 501 mortes.
O primeiro caso em Moçambique foi registado em outubro de 2022, em Maputo. O COESP, órgão da Direção Nacional de Saúde Pública, destaca que atualmente há capacidade de testagem em todas as capitais provinciais, através dos laboratórios de Saúde Pública, e mil testes adicionais para análises de reagentes que identificam estirpes de casos positivos.