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Internacional/Europa: Zelenskyy Reúne Líderes Europeus em Washington para Fortalecer Frente Contra a Rússia

Encontro histórico na Casa Branca busca garantias de segurança para a Ucrânia e unidade diplomática entre Estados Unidos e Europa

O futuro da Ucrânia poderá depender de um encontro apressadamente organizado nesta segunda-feira na Casa Branca, quando o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy se reunirá com um grupo extraordinário de líderes europeus para apresentar ao presidente americano Donald Trump uma frente unida contra a Rússia.

Os principais líderes europeus foram excluídos da cúpula de Trump com Vladimir Putin na última sexta-feira e buscam proteger a Ucrânia e o continente de qualquer agressão ampliada de Moscovo.

Ao chegar em grupo, Zelenskyy e seus aliados europeus pretendem evitar problemas semelhantes aos do encontro de fevereiro no Oval Office, quando Trump o repreendeu por não demonstrar gratidão suficiente pelo apoio militar americano. O encontro também representa um teste à relação dos EUA com seus aliados mais próximos, após União Europeia e Reino Unido aceitarem tarifas de Trump em parte por buscarem seu apoio à Ucrânia.

“É importante que a América concorde em trabalhar com a Europa para fornecer garantias de segurança à Ucrânia e, portanto, para toda a Europa”, disse Zelenskyy na rede social X.

Na noite anterior à reunião, Trump indicou que Zelenskyy teria que aceitar concessões e sugeriu que a Ucrânia não poderia recuperar a Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, o que desencadeou um conflito armado culminando na invasão mais ampla de 2022.

Zelenskyy respondeu em postagem própria, destacando que todos compartilham o desejo de encerrar a guerra de forma rápida e confiável, e que a paz deve ser duradoura, diferente do que ocorreu após a anexação da Crimeia e do Donbas.

O encontro em Alasca delineou possíveis caminhos para a paz, embora não tenha ficado claro se os termos seriam aceitos por Zelenskyy ou Putin. Ao chegar a Washington, o presidente ucraniano reafirmou: “Todos queremos acabar com esta guerra de forma rápida e confiável. A paz deve ser duradoura”.

Principais líderes europeus em Washington

Entre os líderes europeus que se juntam a Zelenskyy estão:

  • Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia

  • Emmanuel Macron, presidente da França

  • Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido

  • Friedrich Merz, chanceler da Alemanha

  • Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália

  • Alexander Stubb, presidente da Finlândia

  • Mark Rutte, secretário-geral da OTAN

Na pauta, possíveis garantias de segurança semelhantes à OTAN, essenciais para um acordo de paz duradouro com a Rússia. Putin se opõe à adesão direta da Ucrânia à OTAN, mas a equipe de Trump afirma que ele estaria aberto a compromissos de aliados para defender a Ucrânia em caso de ataque.

O secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou que a construção dessas garantias, seus mecanismos de aplicação e força, será discutida nas próximas seis a sete horas de negociações, possivelmente mais, com delegações internacionais.

Questões delicadas e diplomacia de Zelenskyy

O presidente ucraniano precisa evitar ser responsabilizado por bloquear negociações de paz caso rejeite as demandas maximalistas de Putin sobre o Donbas. Zelenskyy reiterou que tais exigências são inconstitucionais e poderiam servir de trampolim para novos ataques russos.

Após uma publica repreensão de Trump e do vice JD Vance em fevereiro, Zelenskyy trabalhou para reparar as relações com os EUA, mantendo comunicação diplomática constante e realizando uma reunião de 15 minutos no Vaticano em abril, durante o funeral do Papa Francisco.

Enquanto isso, líderes europeus também colaboraram com Trump, incluindo um acordo em julho para a compra de armas americanas para a Ucrânia. Macron enfatizou a necessidade de fortalecer o exército ucraniano e mostrar a Putin que a Europa interpreta suas ações como ameaça:

“Se formos fracos com a Rússia hoje, estaremos preparando os conflitos de amanhã, que afetarão não apenas os ucranianos, mas também a nós”, afirmou Macron.

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