A baía de Pemba constitui, por natureza, um porto natural bastante seguro e, apesar de tudo, abrigado dos temporais regionais, tendo sido qualificado por Elton – Cônsul britânico em Moçambique a finais de 1890 – como « O melhor desde Lourenço Marques a Zanzibar”. Alguns autores supõem que a baía de Pemba possa ter tido uma origem vulcânica, baseando-se no facto de ali se encontrar com abundância a « pedra-pomes » própria de rocha vulcanizada. Mas a sua constituição calcária e não basáltica vem a contra dizer tal suposição.
A Cidade de Pemba tem a sua origem a partir do Bairro Paquitiquete. De onde uma senhora teria fixado a sua residência e foi apelidada por “Nuno”. Mas tarde, os pescadores fixaram as suas habitações e assim nascia o histórico Bairro de Paquitequete do qual veio juntar-se a Cidade de Pemba.
Contudo, outros relatos indicam que a palavra “Pemba” vem de “Pembe” que em swahhili significa “Mosca”. O nome derivou de um grupo de indígenas que teriam desembarcado na baia provenientes de zanzibar, transportados por um Europeu, cujo nome não foi revelado. Ao desembarcar, os indígenas foram assaltados por moscas, os quais passaram a gritar “ Pembe….pembe…pembe…”. Dai em diante a baia passou a chamar-se Pemba. Porem, seja num, como noutro caso, há informações que indicam que já nas cartas inglesas aparecia escritos com o nome “Pembe Bay”, ou seja, a baia de Pembe, hoje Pemba.
Actualmente a urbe possui 10 bairros municipais e duas unidades residenciais, que são: Paquitequete, Cimento, Ingonane, Natite, Cariacó, Alto Gingone, Josina Machel, Muxara, Mahate e Chuiba. Possuem 2 unidades residenciais, Eduardo Mondlane e Maringanha, respectivamente. Recentemente o Conselho Municipal da Cidade de Pemba aprovou em sua sessão à elevação de categoria de bairros faltando a sua aprovação da Magna Assembleia Municipal.
A Cidade de Pemba possui enormes potencialidades turísticas de vários âmbitos-culturais, naturais, gastronómicas e de lazer. No que concerne ao potencial turístico de âmbito natural, as praias de Wimbe, Chuiba, Murrebué ou Maringanha, faz parte de rol dos cartões-de-visita de umas das Baías Mais Belas do Mundo. Trata-se de facto de um pequeno paraíso ancorado nas margens pelo Oceano Índico. Nas penínsulas defronta com um imperioso e cristalino mar azul, constituindo a porta de entrada para o Arquipélago das Querimbas. Quem a não visitou quer visita-la e quem a visitou quer voltar.
Outro atractivo turístico da Primeira Baía Mais Bela de África são a existência de alguns resorts e restaurantes diferenciados que oferece aos turistas um excelente espaço para o turismo e acima de tudo, pode-se desfrutar de algumas comidas típicas da urbe. No que diz respeito aos eventos culturais ao título de exemplo são realizados alguns eventos, nomeadamente, em datas comemorativas, Carnaval da Baia, celebração da emancipação política da cidade, Festival Wimbe e de Mussiro entre outras actividades.
Pemba é hoje um destino turístico cada vez mais na moda. Assiste um crescimento galopante no desenvolvimento económico, desenvolvimento sociocultural, na protecção do meio ambiente e na consciencialização das comunidades sobre os impactos do desenvolvimento turístico. Este crescimento é fruto do trabalho efectuado, por um lado, pelas autoridades municipais, parceiros, governo distrito e provincial. Por outro lado, pelo crescimento e a consolidação do destino turístico. A visão de futuro, missão, valores, estratégia, sustentabilidade e capacidade de inovação revelam-se determinantes para o êxito. E Pemba não é excepção.
O turismo é uns dos motores para desenvolvimento desta cidade. Entretanto, o sector encontra de alguns entraves para o seu crescimento, desde, preços incomportáveis de Maputo à Pemba, prende-se também com preço de visto de entrada etc…
A Cidade de Pemba tem um turismo é essencialmente de negócio devido a industria do gás e petróleo. É de extrema importância que tenhamos um turismo de lazer para que possa dinamizar ainda mais a economia local, naturalmente, contribuindo para o bem-estar social dos munícipes. Em suma, o cidadão não pode estar alheio aos seus recursos, porque tudo começa e acaba no homem.
Contudo, actividade turística é considerada como relevante para a economia de qualquer país, sobretudo, no século XXI. Pemba está “patamar” de reconhecimento internacional não só por estar incluso ao restrito Clube das Baías Mais Belas do Planeta e por possuir excelentes atractivos turísticos. Mas deter uma população afável, existência de uma gastronomia fantástica, um estilo de vida nocturno cheia de vida, tradições e beleza natural faz de Cidade de Pemba um verdadeiro paraíso na terra.
É necessário que haja maior coordenação entre diversas partes, para que seja ultrapassada os principais entraves que enferma o sector, para que o turismo de lazer cresça em termos qualitativo e quantitativo. É de extrema importância que possamos em conjunto projectar a imagem de Pemba ao nível local, regional e internacional.